No primeiro semestre deste ano, a demanda dos consumidores nos supermercados mineiros cresceu 1,91% na comparação com igual período de 2022. Esse é resultado do Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) com empresas supermercadistas de todos os portes, em todo o estado.
Em junho, mês de referência da pesquisa, sobre junho de 2022, houve crescimento de 4,86%. O índice, já deflacionado pelo IPCA/IBGE, registra crescimento de 1,14% da demanda no setorna comparação de junho com maio.
Essa variação sobre maio surpreende positivamente, já que, tradicionalmente, o mês de junho tem demanda menor do que em maio. O Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala, explica essa variação entre os dois meses. “O fato de maio ter registrado um desempenho ligeiramente negativo, acabou entregando uma base baixa de comparação na passagem para junho, que registrou essa expansão no índice de consumo”, justifica o executivo da AMIS.
O crescimento acumulado no consumo, de 1,91% de janeiro a junho, na avaliação de Claret, reflete o comportamento do consumidor com mais recursos para as compras dos lares, motivado por fatores como a recuperação dos índices de emprego e a manutenção dos programas oficiais de transferência de renda. “Normalmente, o principal destino do consumidor quando ele recebe os salários ou outros recursos financeiros são os supermercados para o abastecimento de seus lares”, afirma Claret.
Regiões - A região Central teve o maior crescimento da demanda no acumulado do semestre, com 6,25%. Em seguida, o Triângulo/Alto Paranaíba, com 5,03%, registra o segundo maior desempenho. Por outro lado, o Rio Doce/Jequitinhonha/Mucuri, com 1,22%, e a Centro-Oeste, com 1,65%, aprestaram a menor demanda no setor no período.
Merece destaque também o desempenho do Sul de Minas, que em 2022 fechou com 14,12%, se recuperando de um desempenho negativo em 2021 (-1,58%), e neste semestre acumula alta de 3,29%, acima portanto, da média estadual. “Temos na região Sul uma economia diversificada, que gera muito emprego e renda, e um setor supermercadista dinâmico, com grandes redes, mas também com empresas médias e pequenas muito eficientes, além da atuação das centrais de negócios, que contribuem para o desenvolvimento mais forte do setor na região”, analisa Claret.
Setor gera 2.260 empregos no semestre
Os primeiros seis meses do ano marcaram também investimentos em expansão do número de lojas. No semestre, foram contabilizadas 24 novas unidades que geraram 2.260 empregos de forma direta.
A pesquisa da AMIS aponta somente as lojas novas, isto é, não são contabilizadas reformas, ampliações ou mudanças de bandeira por aquisições. Também não são contabilizadas pequenas unidades autônomas como as instaladas em condomínios.
Pesquisa completa no anexo abaixo.
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