A demanda dos consumidores nos supermercados mineiros registrou crescimento de 10,38% no mês de março em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2023, também houve crescimento, com expansão de 4,18% no consumo das famílias.
Os dados são do Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) com empresas de todos os portes em todas as regiões do estado. A pesquisa, referente a março, revela também que o acumulado do consumo no trimestre ficou em 2,71%. O Índice de Consumo dos Lares Mineiros é deflacionado pelo IPCA/IBGE.
O Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala, analisa esse aumento da demanda em março e no acumulado do período. “Primeiramente, tivemos a coincidência de um conjunto de fatores em relação ao calendário. Além de 31 dias em março, contra 29 em fevereiro, no mês de março tivemos cinco finais de semana e em fevereiro, quatro. Adicionalmente, foram finais de semanas 'cheios', com cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos, o que faz muita diferença no consumo nas lojas”, explica Claret.
Ainda em relação ao calendário, o Presidente Executivo da AMIS, lembra que a Semana Santa/Páscoa ocorreu inteiramente em março, motivando maior procura no setor no mês. “Esse é um período em que as pessoas fazem questão de buscar nas lojas aqueles produtos ligados às tradições da época, e o setor se prepara para que esse consumidor seja atendido da melhor forma possível. Isso reflete no volume da cesta de consumo”, afirma.
Crescimento acumulado
Em relação ao acumulado de janeiro a março, o executivo da AMIS explica que o crescimento do número de pessoas com renda, seja pelo aumento do emprego ou por outras fontes, contribui diretamente para esse desempenho no setor.
Ele lembra ainda que o índice de 2,71% no trimestre se aproxima das projeções para todo o ano, que são de 3%. Porém, avalia o Presidente Executivo da AMIS, certamente a demanda continuará em crescimento, mas não nessa proporção. “É um bom primeiro trimestre, mas é só o início. Apostamos em um ano de crescimento, sim, mas estamos cientes também dos desafios do setor, como os altos custos, a falta de mão de obra e um cenário internacional bastante incerto do ponto de vista das tensões geopolíticas, de onde não sabemos o que pode vir”, pondera Claret.
Regiões: De forma geral, o consumo nas regiões não registrou grandes variações em março sobre fevereiro. O maior desempenho ocorreu na Zona da Mata, com 11,73%, e o menor crescimento ocorreu no Norte/Noroeste, com 7,25%. Mas sem fatores que chamem à atenção, exatamente, pelo perfil de crescimento dessas regiões historicamente verificado na pesquisa.
Mais dados da pesquisa nos anexos abaixo.
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