Será encerrada às 21h desta quinta-feira (18), na Expominas, em Belo Horizonte, a 32ª edição da Superminas. O evento, que reúne as principais empresas dos segmentos supermercadista e da panificação do país, é organizado de forma conjunta pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão).
Desde a abertura da Superminas 2018, no início da tarde da última terça-feira, participantes de 650 cidades mineiras e de praticamente todos os estados brasileiros contaram com uma programação ampla, entre feira de expositores e mais de 70 eventos técnicos, como palestras, workshops, aulas show e rodadas de negócios.
Conforme números registrados até o momento, a projeção é que o público total chegue a cerca de 55 mil participantes. Com 484 expositores, a Superminas deverá totalizar R$ 1,86 bilhão em negócios concluídos durante a feira ou iniciados para posterior fechamento.
Como um evento que antecipa as tendências de consumo do segmento, a Superminas registrou também cerca de 350 lançamentos de produtos e serviços voltados para o varejo, especialmente os setores supermercadista e da indústria de panificação.
“Os resultados da Superminas 2018 são um reflexo da realidade do segmento supermercadista. Apesar do cenário de mudanças políticas, o empresário está confiante na força do negócio. Por isso tivemos sucesso em mais uma edição do evento”, destaca Alexandre Poni, presidente da AMIS.
Tecnologia
Na área de tecnologia, muitos softwares e equipamentos foram lançados com o objetivo de diminuir custos; agilizar processos e melhorar o atendimento. É o caso de umaautomação que torna o consumidor totalmente independente no momento de realizar seus pagamentos. Após realizar suas compras através do celular, o cliente se dirige à estação de checagem e neste momento, o equipamento confere o conteúdo adicionado ao carrinho. Com a tecnologia, as principais etapas do abastecimento são realizadas sem a necessidade de pegar filas para o pagamento.
Também foram muitas as novidades em alimentos, com destaque para s produtos orgânicos e artesanais, que caíram no gosto do consumidor. Os alimentos frescos e os que agregam a percepção de saudabilidade já são forte demanda do consumidor e o empresário deve estar atento à importância desse produto no negócio.
Pequenos produtores
Em meio ao ambiente de negócios de grande porte, havia também dois espaços de fomento aos negócios de pequenos produtores: o Circuito Mineiro de Compras Sociais (CMCS), com 40 estandes de pequenos produtores de várias regiões do estado; e o estande Origem Minas, trazido pelo SEBRAE, apoiador máster do evento, que trouxe produtos de empresas com certificado de origem como dos setores de cachaça, café e queijos. A diretora dos Produtos Via Roça, Francini Oliveira, que produz defumados e linguiças artesanais, veio de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas, compondo um grupo de quatro agricultores familiares, e levará bons frutos do evento. “Conseguimos fechar negócios com alguns representantes de supermercados, de empórios e lojas de produtos artesanais. Oportunidade como essa, só na Superminas”, comemora.
Atualização
Na área de congresso, foram mais de 70 apresentações como palestras, fóruns, workshops e reuniões que abordaram temas como gestão, inovação, sustentabilidade, segurança alimentar e inclusão social e as tendências que vão marcar os novos rumos dos negócios de supermercados, padarias e do varejo em geral.
Palestras magnas enriqueceram a programação, com personalidades renomadas: o economista, consultor financeiro de investimentos e debatedor do programa Manhattan Connection, da Globo News, Ricardo Amorim; o diretor de mercado da Rádio Itatiaia, Carlos Doné, e do diretor regional e comercial da Rede Globo em Minas Gerais, Marcelo Ligere; e o vice-presidente de Vendas da AMBEV, Ricardo Melo.
Internacional
As rodadas Internacionais de Negócios, organizadas pela FIEMG, correalizadora do evento, promoveram encontros entre representantes de 8 países —Bolívia, Argentina, Espanha, Guatemala, Peru, República Dominicana e Uruguai— com cerca de 25 empresas brasileiras dos setores de alimentos, bebidas e cosméticos. José Batista de Oliveira, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (SIP), entidade que compõe a Amipão, da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) e vice-presidente da FIEMG, ressalta a importância desses encontros para a economia regional. “Independentemente do cenário econômico e político desafiador, o empresário precisa se movimentar, investir e buscar novas possibilidades para tornar seu negócio cada dia mais competitivo. Na Superminas, foi possível conhecer diversas delas”.
Panificação
Na área de panificação, uma das atividades mais prestigiadas foi o Seminário ABIB/Propan, retratando o atual cenário do segmento de panificação no País, além de temas importantes para o segmento: Indústria 4.0 (uso da tecnologia para fabricação de produtos e processos mais inteligentes e autônomos, que geram competitividade na panificação); técnicas de congelamento de pães, gestão no varejo alimentar; entre outros. Para o presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação, Vinícius Dantas, o segmento precisa acompanhar o mercado. “As padarias competem com praticamente quase todos os demais agentes do varejo, mas os produtos de fabricação artesanal são nosso diferencial. Então, precisamos melhorar a qualidade da indústria e nos profissionalizar na revenda, conhecendo os fornecedores que podem contribuir com a melhoria dos processos. Os melhores deles, nós encontramos neste evento”, finaliza.
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