Pamonha, caldo de mandioca, milho-verde cozido, cocada e outras receitas típicas das festas de junho e julho ganham um atrativo a mais neste ano. Isso porque a maioria dos produtos mais consumidos nesta época apresentou queda de preço no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. No comparativo de 1 a 17 de junho deste ano em relação ao mesmo período de 2018, ficaram mais baratos a batata-doce (-25,4%); o coco seco (-25,3%); a mandioca (-18,8%); o gengibre (-15,6%); o milho-verde (-15,1%) e o milho-pipoca (-7%). Na trajetória inversa, ficaram mais caros o amendoim, cujo quilo passou de R$ 5,34/kg para R$ 14,93, e o feijão, que variou de R$ 3,40/kg para R$ 4/kg.
Batata-doce e coco seco são exemplos de produtos cujas ofertas foram favorecidas pela melhoria das condições climáticas, principalmente nos últimos 60 dias. A explicação é do chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins. Segundo ele, vários hortigranjeiros que estavam mais caros no início do ano também vêm apresentando recuos de preço pelo mesmo motivo.
No caso do milho-verde, o prolongamento do período chuvoso ajuda a explicar a redução do preço da hortaliça. Conforme atestam os produtores rurais, as chuvas fora de época favoreceram a oferta do milho-verde não irrigado por um período maior. Esse produto cultivado durante as chuvas, além de possuir custo menor de produção, incrementa a oferta geral no entreposto, pressionando para baixo as cotações.
Já o preço mais atrativo da mandioca pode ser atribuído ao aumento da produção, que, por sua vez, foi estimulada por altos preços de safras anteriores.
Entre as altas de preço, destaca-se o amendoim, cuja produtividade foi prejudicada pela falta de chuvas no fim do ano passado, período de plantio e desenvolvimento do produto.
No caso do feijão, houve algo parecido quanto ao comprometimento da produtividade, conforme aponta Ricardo Martins. Entretanto, diferentemente do amendoim, a produção de feijão é mais pulverizada, isto é, proveniente de diversas regiões. ?Já o cultivo do amendoim é altamente concentrado no estado de São Paulo, de onde provêm 90% das cargas?, ressalta Martins.
Paradoxalmente, o grande volume de chuvas verificado no início de 2019 nas regiões produtoras também contribuiu para prejudicar a produtividade do feijão e do amendoim.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Ceasaminas - Foto: Internet
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