O Carrefour informou que planeja investir cerca de R$ 2 bilhões no Brasil no ano que vem, patamar semelhante ao deste ano. Além da expansão de sua rede de lojas físicas, principalmente da bandeira de atacarejo Atacadão e de formatos menores, como Carrefour Market e Carrefour Express, o grupo aposta na aceleração do comércio eletrônico e da oferta de serviços financeiros on-line.
Em outubro, a varejista comprou 49% da startup de serviços financeiros Ewally. Dois meses antes, fez uma parceria com outra nova empresa da área, a Suthub, para colocar no mercado um “marketplace” (shopping virtual) de seguros. No ano que vem, pretende lançar uma conta digital, com foco principalmente nos brasileiros “desbancarizados”, que permitirá compras nas lojas do grupo. Hoje são 679 pontos de venda, incluindo drogarias e postos de gasolina.
De janeiro a setembro, o grupo Carrefour apresentou crescimento de 9,8% nas vendas líquidas no Brasil, para R$ 40,5 bilhões. No comércio eletrônico, incluindo vendas próprias e as feitas por terceiros em seu site (operação de “marketplace”), o volume de negócios cresceu 60% no mesmo período.
Neste ano os investimentos na operação brasileira estão em R$ 1,8 bilhão. Segundo Prioux, o montante pode chegar a R$ 2 bilhões até dezembro, a depender da concretização da compra de terrenos em negociação. Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 17 novas lojas, sendo 12 do Atacadão. Até o fim de 2019 devem ser 20 inaugurações nesse formato, volume que o grupo pretende repetir no ano que vem. Segundo a companhia, os planos são investir cerca de R$ 2 bilhões por ano no Brasil até 2024.
O vice-presidente de finanças do Carrefour, Sébastien Durchon, afirmou que os planos do grupo se baseiam em sua visão de médio e longo prazo para o país, a despeito da economia, neste momento, ainda estar se recuperando devagar. “Se no curto prazo vai ter alguma turbulência, para nós não muda. Nada muda em termos de estratégia de investimentos e de iniciativas que estamos tomando para crescer”, disse.
No cenário macroeconômico, o CEO da varejista afirmou que espera apenas para o fim de 2020 e para 2021 uma melhora mais efetiva. “O fim de 2020 será um pouco melhor. No começo do ano nem tanto, mas no fim teremos um pouco mais de crescimento”, disse Prioux.
O Carrefour trabalha com expectativa de um PIB ao redor de 1% em 2020. “O que me interessa mais é uma recuperação no fim do ano, que indicará uma nova tendência”, acrescentou.
Prioux disse que está mais otimista do que há cinco meses, quando a reforma da previdência ainda não havia sido aprovada. Segundo ele, o cenário externo preocupava mais, com as tensões entre Estados Unidos e China representando um risco para o aumento das exportações no Brasil. “Mas vai se encontrar um caminho. E temos um governo que trata de aportar mais flexibilidade ao país. Isso terá impacto no ano que vem”, disse. (Fonte: Folha de São Paulo)
Mais Lidas
-
04/06/2020 às 19:42
-
19/03/2019 às 11:03
-
24/05/2022 às 12:40
-
27/02/2019 às 11:35
-
18/11/2020 às 10:05