A Black Friday brasileira é esperada principalmente pelos consumidores das classes mais baixas. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva feita no começo deste mês mostra que sete em cada dez pessoas das classes D e E (69%) consideram que vale muito a pena esperar a chegada da data – que promete descontos em várias categorias de produtos -- para comprar alguma coisa. Essa expectativa é de 61% entre a classe C e cai para 48% entre as classes A e B.
Eletroeletrônicos e eletrodomésticos estão entre os produtos mais esperados: 59% das pessoas nas classes D e E dizem que vale muito a pena aguardar a Black Friday para adquiri-los – esse índice é de 43% entre as classes A e B, por exemplo. Seis em cada dez brasileiros (58%) das classes mais baixas também acham que é muito vantajoso esperar pela data para comprar um celular, enquanto 54% dizem o mesmo para móveis.
"Os números indicam que os mais pobres acreditam que a Black Friday é uma data em que é possível economizar. Eles esperam por ela para comprar tanto aqueles produtos que são normalmente mais caros, como aparelhos de TV, celulares, ou mesmo algum item da linha branca, como aqueles mais em conta, como roupas, calçados e produtos de beleza", opina Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. "A gente nota que isso não acontece entre as classes mais altas, que estão interessadas em comprar celulares e videogames, por exemplo, mas que não estão aguardando a Black Friday para trocar algum móvel de casa ou comprar um livro – eles podem comprar esses produtos em qualquer época do ano", completa.
A afirmação é corroborada pelo fato de que as pessoas das classes mais baixas são as que mais pretendem comprar alguma coisa nesta edição da Black Friday: 88% dos brasileiros nas classes D e E dizem querer adquirir algo na data, número que também é alto na classe C (86%) – nas classes A e B, a intenção de compra é de 77%. O Instituto Locomotiva ouviu 1.770 pessoas em todo o país entre os dias 1 e 9 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de 2,4 pontos percentuais. O estudo ainda mostra que oito em cada dez brasileiros (83%) estão pretendendo comprar alguma coisa na edição de 2019 da Black Friday. Isso significa que 130 milhões de adultos podem ir às compras na última sexta-feira deste mês – o equivalente à população do México (126 milhões).
"A maior parte das pessoas não está mais desconfiada que os descontos oferecidos pelos varejistas são reais. Isso dá mais segurança de que comprar alguma coisa na data é, de fato, sinônimo de economia", finaliza Renato Meirelles.
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