O desempenho do varejo na Black Friday ficou acima das expectativas de grandes varejistas como Casas Bahia e Ponto Frio. Apesar de o mercado entender que a antecipação das vendas de Natal durante o evento de novembro pode esvaziar parte do consumo de fim de ano, as empresas acreditam que a canibalização não foi representativa. A Via Varejo (que detém as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio) pode voltar à indústria e reforçar pedidos para atender um aumento mais forte nas vendas de Natal.
Dados da empresa Compre&Confie, do grupo Clearsale, o faturamento do comércio on-line subiu 31% na quinta e sexta-feira, para R$ 3,8 bilhões sobre mesmo intervalo de 2018. Está acima das estimativas de associações e consultorias que apontavam alta de até 19%. O número de pedidos avançou 28,5%, mas o valor do tíquete médio se expandiu apenas 1,9%, sinalizando que a alta deste ano pode ter sido sustentada pelo maior número de novos consumidores participando do evento.
A Ebit/Nielsen apurou elevação de 23,6%, para R$ 3,2 bilhões - a empresa estimava alta de 18%. Não foram publicados dados de vendas em lojas físicas.
Segundo Roberto Fulcherberguer, CEO da Via Varejo, a empresa vendeu R$ 1,1 bilhão na sexta-feira - o executivo não revela a variação sobre 2018, mas diz que a venda on-line cresceu 83% e representou 48% da receita na sexta-feira (essa taxa no grupo não passa de 20% hoje)
“Houve alguma antecipação de Natal, mas o que vimos nas lojas na semana passada é uma melhora de confiança, algo que se traduziu nos números e que não era tão claro na Black de 2018. Isso nos dá segurança para fazer projeções melhores. Já recebemos as encomendas de Natal, mas se a trajetória de retomada se mantiver, podemos reforçar o estoque até fim de dezembro.”
(Fonte: Valor Econômico)
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