Superação de limites, conquistas pessoais e busca por crescimento profissional fazem parte da história de diversas pessoas com deficiência (PcDs) que atuam no grupo Cencosud Brasil, quarta maior rede supermercadista do país. Com uma Política de Inclusão e Diversidade registrada em documento oficial, a companhia comemora os cerca de 1.200 PcDs contratados, que esbanjam eficiência, disposição e histórias de sucesso.
Aline Santana, hoje com 41 anos, tem comprometimento motor do lado esquerdo do corpo e só havia cursado a alfabetização quando foi contratada, há 13 anos, pelo supermercado Prezunic, no Rio de Janeiro. A partir do Projeto Telecurso, sistema de supletivo oferecido aos colaboradores da Cencosud, a auxiliar de operações está no Ensino Médio e hoje sonha com uma vaga na faculdade de fisioterapia. "Trabalhar numa empresa acolhedora, que oferece chances de crescimento, faz toda a diferença para o desenvolvimento de qualquer pessoa, ainda mais para quem tem deficiência", afirma Aline.
Exemplo de perseverança e conquista é o caso da Fernanda Vitória, 31 anos, empacotadora na loja do GBarbosa Costa Azul, em Salvador/BA, desde 2014. Com deficiência auditiva identificada aos 5 anos, ela já trabalhou como autônoma em lojas de rua e teve na rede supermercadista o seu primeiro emprego com carteira assinada.
Outro exemplo é o da deficiente visual Jacilda Costa, 36 anos, que trabalha no Mercantil Rodrigues desde 2013. Aos 2 anos de idade, ela sofreu um acidente e teve o olho esquerdo perfurado. "Enxergo de um olho só. Lido com a deficiência desde pequena, me acostumei e nunca foi um obstáculo", conta. Ela diz que a lei de PcD foi muito importante para assegurar o ingresso no mercado de trabalho e revela que, mesmo com a deficiência, é possível aproveitar as oportunidades. "Participei de seleções internas, fui assistente de Recursos Humanos, hoje estou como analista de RH e pretendo continuar me aperfeiçoando", afirma Jacilda.
Inclusão de surdos
Para tornar ainda mais equilibrado o processo seletivo, a Cencosud Brasil adotou um sistema de entrevistas de emprego na Língua Brasileira de Sinais (Libras), e conta com o apoio de instituições parceiras para realizar entrevistas, visando à melhor experiência dos candidatos. "É muito bom perceber que somos bem-vindos. Aqui, os outros colaboradores valorizam o nosso esforço e sempre nos ajudam. Isso é muito especial", conta Márcia Moreira Mota Neri, de 50 anos, que tem dificuldade auditiva e há sete anos trabalha no Prezunic.
Por meio do Campus Cencosud, plataforma e-learning de capacitação da companhia, todos os colaboradores têm à disposição um curso de Libras, com o objetivo de facilitar o contato com pessoas com deficiência auditiva, tanto os que trabalham na empresa, quanto os clientes que frequentam as lojas.
O auxiliar de hortifrúti do Bretas, Marco Aurélio Carvalho da Silva, de 25 anos, trabalha diretamente com o deficiente auditivo Josué Carlos Ribeiro Abadia, 38, e percebeu que precisava se comunicar melhor com o colega para facilitar a rotina de ambos. "Há quase um mês fiz o curso na plataforma, que me ajudou a conversar no dia a dia com o Josué e com outros colegas com esta deficiência", explica. Marco Aurélio afirmou que nunca pensou em aprender Libras, mas abraçou a oportunidade para poder ajudar ao próximo. Além de ter um melhor contato profissional, agora também orienta clientes na loja e até mesmo consegue amparar outros deficientes auditivos fora da unidade.
O gerente de Responsabilidade Social da Cencosud Brasil, Fábio de Oliveira, ressalta que a companhia valoriza o profissional pelas suas habilidades e que todos podem concorrer às vagas disponíveis. "Temos vagas de trabalho específicas para pessoas com deficiência, mas as PcDs também podem concorrer a qualquer cargo disponível. Selecionamos os candidatos de acordo com suas competências, e todos são bem-vindos", afirma
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