Na falta de dinheiro, não se gasta. Ou, então, se toma emprestado. Na falta de quem empreste, lá está o cartão de crédito. Este é o atual quadro mostrado por uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), segundo a qual 54% dos consumidores brasileiros consideram difícil contratar empréstimos ou linhas de financiamento para fins pessoais.
Diante desse cenário, o Indicador de Uso de Crédito mostrou o que, para muitos, é inevitável: passar o cartão. Na passagem de fevereiro para março, cresceu de 41% para 46% o percentual de consumidores brasileiros que utilizaram alguma modalidade de crédito, sendo os cartões o instrumento mais usado em março pelos brasileiros – 39,8% –, bastante à frente do segundo colocado, o crediário ou cartão de loja, com apenas 10,2% das menções.
O cartão de crédito, de fato, é uma facilidade. Mas os juros ainda são os mais altos do mercado, girando em torno de 320% ao ano, para uma inflação anualizada que não chega a 3%. Em março, 71,5% dos consumidores pagaram o valor integral da fatura. Mas outros 26% acabaram entrando no rotativo, sendo que 15% pagaram um valor entre o mínimo e o total.
“O pagamento do mínimo é a solução encontrada por muita gente para continuar gastando. O que se ignora é que, ao fazê-lo, o consumidor está contratando um empréstimo caríssimo”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Fonte: O Metro BH
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