Na busca por aumentar sua presença na categoria de bebidas energéticas, que está em rápido crescimento, a PepsiCo informou que vai comprar a Rockstar Energy Beverages por US$ 3,85 bilhões.
A aquisição reflete a tendência entre grandes empresas de bebidas de remodelar seus portfólios de produtos para diminuir a dependência das vendas de bebidas açucaradas e gasosas para outras opções com apelo saudável, que variam de chás e cafés a águas com e sem gás, com foco principalmente nos consumidores mais jovens.
Nem a PepsiCo nem a Coca-Cola têm uma grande marca na categoria de bebidas energéticas, que deve crescer para mais de US$ 80 bilhões nos próximos cinco anos e hoje é dominada pela Red Bull.
O CEO da PepsiCo, Ramon Laguarta, descreveu a aquisição como “altamente estratégica” e disse que permitiria à empresa “tanto acelerar o desempenho da Rockstar como liberar a capacidade de nos expandir na categoria com marcas já existentes, como a Mountain Dew.”
A transação deve marcar uma das primeiras grandes medidas de Laguarta, que assumiu o comando no lugar de Indra Nooyi em 2018, e ocorre em um momento em que as oscilações bruscas nos mercados financeiros levaram investidores e banqueiros a reavaliarem rapidamente as perspectivas das atividades de fusões e aquisições.
A PepsiCo distribui os produtos da Rockstar na América do Norte desde 2009. Sua oferta própria de bebidas energéticas se limita às marcas Mountain Dew Kickstart, GameFuel e AMP. A Coca-Cola possui uma participação na Monster Beverage e tinha um acordo de distribuição com a empresa que, até uma decisão de arbitragem no ano passado, previa que não poderia vender suas bebidas energéticas nos Estados Unidos.
Em fevereiro, a PepsiCo anunciou a compra da Hangzhou Haomusi Food, também conhecida como Be & Cheery, uma das maiores empresas on-line de petiscos e salgadinhos da China, por US$ 705 milhões, e na época alegou que isso representava “um passo importante” em seu objetivo de se tornar a empresa de alimentos e bebidas centrada no consumidor mais importante da China.
Em um comunicado divulgado ontem, a PepsiCo informou que não espera que a transação - que ainda está condicionada aos trâmites habituais de aprovação pelas agências reguladoras - seja relevante para suas receitas e lucros em 2020. O acordo deve ser fechado no primeiro semestre deste ano. (Fonte: Valor Econômico)
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