Diante das restrições, com mais tempo em casa e com receio em relação ao futuro, os domicílios brasileiros passaram a fazer compras maiores para o abastecimento de suas despensas. Nesta pesquisa, a Nielsen identificou uma diminuição de 6,5% na frequência de compra, porém registrou um aumento no número de itens levados na cesta em 22% na última semana de março de 2020, frente ao mesmo período de 2019.
Um retrato deste momento de aumento de intensidade (maior número de itens levados na mesma ocasião de compra) é o Cash&Carry, usado principalmente para abastecimento, onde o gasto por ocasião de compra passou de R$ 41,49 para R$71,57 nesse mesmo período. Os Hipermercados, que vinham perdendo importância nos últimos anos, ganharam fôlego nesta circunstância de crise, com 61% dos lares realizando suas compras por meio de Hipers e Supers.
Os canais online também estão ganhando espaço. 41% dos lares que afirmavam, em 2019, nunca terem feito compras pela internet, usaram aplicativos de entrega na última semana de março de 2020. Desses lares, 48% são de NSE médio/baixo.
Cestas que tradicionalmente são de abastecimento, como Mercearia (Doce +23,9% e Salgada +22,3%) e Limpeza (+27,9%), são as que mais cresceram dentro dos lares, seguidas por Bebidas não Alcoólicas (+12,8%) e Perecíveis (+4,1%). Já as consideradas não essenciais passaram a recuar, como Higiene&Beleza (-4,3%) e Bebidas Alcóolicas (-17,4%), por exemplo - ambas vinham registrando crescimento antes da pandemia.
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