Os desafios impostos pela pandemia Covid-19 não impediram que os dirigentes de 11 centrais de negócios comparecessem à sede da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (21) pela manhã para assinarem a documentação de constituição da Super Central Mineira (SCM). A expectativa é de que no máximo em duas semanas todo o trâmite cartorial estará concluído, podendo ser emitido o CNPJ da SCM e demais documentos fundamentais para uma pessoa jurídica.
A Super Central Mineira já nasce como uma das maiores do País. Ao reunir 11 centrais de negócios, representa faturamento anual de cerca de R$ 3,6 bilhões e nada menos que 302 lojas. A Super Central está presente nas regiões Sul de Minas, Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Centro-Oeste, Sudoeste de Minas e Leste.
As 11 centrais integrantes da SCM são: Unissul, Ilustre, SuperMais, Opa, Minas Super, União, Uai, Cergran, Maxsul, Via Real e Cerrado.
A ideia da criação da SCM surgiu de uma proposta da AMIS feita a algumas centrais, em 2017, quando foi identificado que já existia um formato de grandes centrais no Rio Grande do Sul, a Redecen. A AMIS, então, convidou um consultor para alinhar algumas ideias e esclarecer o verdadeiro papel dessa super central.
Em visitas à Redecen, e conhecendo melhor o formato e o know-how, foi possível delinear a proposta mais bem definida da SCM. A AMIS foi convidando Centrais de negócios mineiras para aderirem à ideia para que se tivesse um formato similar à Redecen em Minas Gerais. Os últimos detalhes foram acertados no ano passado no Comitê das Centrais de Negócios da AMIS e, mesmo em meio à pandemia, os entendimentos foram prosseguindo, até ser tornar realidade nesta quinta-feira, 21.
Diretoria
A diretoria da SCM é composta por Adriano Gonçalo, da Unissul, presidente; Fábio Victor Cesar, da UAI, vice-presidente; José Antônio Vilela, da OPA, secretário; Cláudio Fonseca Caetano, da SuperMais, tesoureiro; Orozimbo Libério Pinto, da União, 1º. conselheiro fiscal; Noêmia Moreira, da Cerrado, 2ª. conselheira fiscal; Danilo Custódio Pierrot, da Maxsul, 3º. Conselheiro fiscal; e os suplentes do Conselho Fiscal, Cláudio Gonçalves Lemos (Cergran), Tiago Soares (Via Real) e Cláudio Mansur (Ilustre).
A sede da SCM será no município de Contagem, na Grande BH, nas imediações da Ceasa Minas. Cláudio Fonseca Caetano, presidente da SuperMais e secretário na diretoria da SCM, é apoiador da criação da Super Central desde o primeiro momento e não escondia seu entusiasmo nesta quinta-feira, 21, na sede da AMIS, com a realização de algo que até pouco tempo era só uma ideia.
“Como competir com as grandes empresas que atuam em Minas hoje sem se tornar uma delas?”, explicava Cláudio Caetano, com poucas palavras, uma das principais razões de criação da SCM: reforçar, e muito, a competitividade das 11 centrais participantes, a exemplo do que já ocorre há nove anos no Rio Grande do Sul por meio da RedeCen. A super central gaúcha atualmente abriga 19 centrais, totalizando 728 lojas e um faturamento de R$ 8 bilhões.
“Desde que começaram os entendimentos entre as centrais para a criação da Super Central que estamos sendo procurados por colegas supermercadistas para fazerem parte também, o que mostra a força que tem essa iniciativa de união”, ressalta Cláudio Donizetti Mendes, gestor da rede MaxSul, uma das integrantes da SCM. “Mas é importante lembrar que para fazer parte da Super Central é preciso primeiro ser filiado de uma das 11 centrais”, explica.
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