O consumo de bebidas alcoólicas migrou para dentro de casa, assim como cozinhar passou a ser uma atividade mais frequente. Como opção, os pedidos delivery e as compras online ganharam mais força, assim como um interesse ainda maior pelos noticiários da TV e do rádio, além de conteúdos via streaming, como podcasts e músicas. Por falar nisso, as lives também são uma tendência que ganharam verdadeiras legiões de fãs, e que devem seguir no ‘novo normal’.
Pesquisa realizada pela Kantar aponta que os impactos da pandemia do novo coronavírus atingiram em cheio os hábitos de consumo. Na fase de pré-isolamento social, a estocagem de itens de limpeza e alimentos deram o tom, porém, agora vemos a preferência pelo comércio local em função da comodidade de ser mais próximo de casa e pelo número menor de pessoas no ambiente, o que implica em evitar aglomerações.
O delivery ganhou força como serviço que complementa o consumo no dia a dia, motivado, principalmente, para indulgências. A classe AB lidera com aumento no consumo nesse canal, com 11%. Nos dias de semana, o crescimento chegou a 9% e aos fins de semana em 10%. O top 3 categorias mostra em primeiro lugar fast food, seguido por pizzas e em terceiro lugar a busca por pratos e refeições.
Esse é um comportamento que veio pra ficar. Dentre os brasileiros que pediram delivery, 53% pediram de 2 a 3 vezes na última semana, e dos 19% que já aderiram ao delivery dizem que, mesmo após a pandemia, pedirão mais entregas de refeições do que antes.
Além disso, há demanda latente por canais digitais, e essa experiência já vem conquistando os consumidores. No Brasil, em média, o e-commerce* cresceu 2,3 nas 4 semanas após o bloqueio, e na América Latina, o número chega a 3,3.
Realizando mais refeições em casa, o consumo de alimentos e bebidas nessas ocasiões cresceu 27%. As ocasiões do almoço e jantar lideram, com aumento de 30%, seguidas pelo café da manhã (+25%) e lanches rápidos (+21%). Entre os itens mais consumidos no período, estão leite condensado, creme de leite, cerveja, leite e catchup/atomatados.
A sensação de limpeza e de proteção também ganha força, o que impacta diretamente o consumo de produtos de higiene pessoal: matar os germes, sentir-se limpo e fresco além da hidratação são as principais necessidades que crescem nos cuidados com a pele. Por outro lado, outras necessidades tiveram retração, assim como itens de maquiagem, fragrância, aparelhos como secador de cabelos, chapinha, entre outros.
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