Dia tem alta de 20% nas vendas e projeta e-commerce, expansão de lojas e produtos de marca própria
05/08/2020 às 12:33

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus chegou em um momento de reestruturação para a rede de supermercados DIA. Mas isso não a impediu de crescer 20% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2019. 

“A crise ressaltou dois dos nossos pilares. O consumidor passou a procurar as nossas lojas em razão de serem mais próximas de suas residências. E houve um aumento muito grande da procura por produtos de marcas próprias”, diz Marcelo Maia, presidente-executivo do DIA no Brasil, ao programa Panorama, do CNN Brasil Business

O executivo conta que as vendas tiveram um forte crescimento por duas semanas, no período próximo ao início da quarentena, entre março e abril, com a corrida de pessoas aos supermercados para abastecimento. E que, depois desse momento, as vendas se estabilizaram em patamares superiores ao que antecedeu a pandemia.  

A grande novidade será um site próprio de vendas online, um canal já explorado por concorrentes de tíquete médio mais alto, como GPA e Carrefour.  

Quando a pandemia chegou, o DIA não contava com nenhum canal de vendas além das lojas físicas. A saída foi acertar uma parceria com o iFood para a entrega de seus produtos, atendendo à demanda dos consumidores. Os primeiros resultados são promissores. As vendas subiram em média 25% nas lojas que passaram a oferecer a entrega. 

O serviço, lançado em abril, deu tão certo que já começou a ser ampliado. Atualmente disponível em 30 lojas em 12 cidades do estado de São Paulo, deve ser estendido para cem lojas até o fim do ano, chegando a Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul.

No pilar das marcas próprias, que possuem preços mais reduzidos na comparação com equivalentes de empresas conhecidas, o DIA planeja dobrar a variedade de 500 para 1.000 produtos até o fim do ano, atendendo à demanda crescente no país. 

Em outra frente de negócios, o DIA aposta na concessão de espaços dentro de seus supermercados para parceiros que possam alavancar as vendas. “Vamos explorar concessões de açougues, perecíveis, frutas e legumes e de prestação de serviços que agreguem valor aos concessionários, para nós e o consumidor”, diz Maia. 

O DIA vai acelerar a abertura de supermercados utilizando o modelo de franquias, que já responde por parte de suas 880 lojas nos três estados citados.

“Na medida em que conseguimos treinar e passar a nossa expertise para os franqueados, a gente consegue ter empresários e operadores que conhecem as realidades de cada mercado e o perfil do consumidor nos locais em que estão inseridos”, afirma o executivo. 

Maia demonstra um raro tom de otimismo nos tempos atuais ao falar das perspectivas. “O DIA tem uma rede de lojas de proximidade que acreditamos que seja uma grande tendência de mercado. O hábito do consumidor de procurar lojas mais próximas da sua residência para fazer as compras vai continuar mesmo depois da pandemia. E isso será uma vantagem competitiva no mercado”, afirma.

 

Com informações da CNN Brasil 

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