1,1 milhão de pessoas afastadas pela pandemia voltam ao trabalho na 1ª semana de agosto, mostra PNAD COVID19
28/08/2020 às 09:43

Cerca de 1,1 milhão de pessoas que estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social provocado pela pandemia de Covid-19 retornaram às suas atividades na primeira semana de agosto, na comparação com a quarta semana de julho. O dado é da edição semanal da PNAD COVID19, divulgada hoje (28) pelo IBGE. Não houve resultados na quinta semana de julho por causa de uma parada técnica na pesquisa.

A PNAD COVID19 é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.

Entre a quarta semana de julho e a primeira semana de agosto, caiu de 5,8 milhões para 4,7 milhões o número de pessoas que estavam afastadas por causa da pandemia. Também reduziu de 3 milhões para pouco mais de 2,2 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, seja por licença maternidade ou doença. Por outro lado, aumentou a população ocupada que não estava afastada (74,7 milhões).

“Isso significa que essa população afastada, por conta da pandemia ou por outros fatores, está retornando ao trabalho que tinha”, analisou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, acrescentando que desde o início de maio, quando a pesquisa começou, a população ocupada que não estava afastada aumentou em 10,8 milhões.

Já o contingente de ocupados que trabalhavam de forma remota ficou estável (8,6 milhões) na primeira semana de agosto. O grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego por causa da pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive somou 18,3 milhões.

Maria Lúcia também destaca estabilidade na população ocupada (81,6 milhões) e desocupada (12,6 milhões). A taxa de desocupação ficou em 13,3%. No início da PNAD COVID19, em maio, 9,8 milhões estavam sem trabalho. “A gente observou uma queda na população desocupada no início de julho, mas houve uma estabilidade a partir de então”, disse a coordenadora da pesquisa.

A taxa de informalidade (34,2%) também ficou estável na comparação com a quarta semana de julho. Isso representava 27,9 milhões de pessoas na informalidade, cerca de 2,0 milhões a menos do que o contingente do início de maio (29,9 milhões).

Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

 

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