Um dos principais assuntos das corporações no momento, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi tema da live apresentada pela AMIS nesta quinta-feira (1º).
Os convidados para discutir o assunto foram o diretor Jurídico, DP, RH e TI do Grupo Bahamas, Rodrigo Fenelon; o sócio e diretor Jurídico da Andrade & Silva Advogados, Rodrigo Macedo, e o CEO & Head Consulting na SVX Corporate, Sylvio Sobreira. A apresentação foi conduzida pela advogada da AMIS, Kátya Alves, que abriu o debate convidando cada participante para fazer a apresentação e as “considerações iniciais”.
A LGPD é uma lei federal (Lei 13.709/2018), que tem por objetivo proteger o uso de dados pessoais visando a preservar os direitos de liberdade e privacidade do cidadão. Ela é aplicável em todo o Brasil e vale para toda pessoa física ou jurídica que use dado pessoal de terceiros.
Como se trata de um tema técnico e que requer muito preparo para a condução dele, uma das ações bastante citadas no debate para cumprir as exigências da LGPD é o treinamento de equipe. “É um engano pensar que o trabalho esgota no escritório de advocacia e no TI” ressalta Macedo, da Andrade & Silva. “É importante formar na empresa a cultura de privacidade de dados e fazer com que isso se torne perene dentro da companhia”, completa.
Rodrigo Fenelon, do Grupo Bahamas, destacou que os supermercados trabalham com muitos dados pessoais como no caixa, dentro da loja, a placa do carro no estacionamento, e os currículos recebidos, entre outros. Por isso, ele alerta que é preciso saber qual é o ciclo desses dados dentro da empresa e evitar os vazamentos.
A rede Bahamas implantou recentemente um programa de compliance, o que ajuda na aplicação da LGPD. Mas Fenelon frisa que, ainda assim, é uma tarefa difícil no setor, pela sua complexidade. É que os supermercados têm muitas outras atribuições no dia a dia, como abastecimento, operação da loja e diversas outras tarefas. Logo, pondera o diretor, os supermercadistas devem procurar ajuda profissional para tratar da LGPD. “Eu acho bastante prudente que se busque uma ajuda, porque não é fácil”, recomenda.
E as implicações do não cumprimento dessa legislação podem ser grandes. “A gente sabe o impacto que gera o vazamento de dados pessoais na atualidade”, alerta Sobreira, lembrando os cuidados que a empresa deve ter sobre o assunto.
Benefícios - Mas o que traz preocupações traz também algo de muito positivo para as empresas. “Cunho reputacional. É ganhar competitividade e valor de mercado”, disse Sobreira respondendo esta pergunta feita por Kátya: “O que traz de positivo para os supermercados?” E ele justifica: “Estamos em uma economia baseada em dados”. Logo, proteger e cuidar das informações pessoais dos clientes soa muito positivo. “A palavra é confiança, envolve reputação”, completa Fenelon
Para quem não pôde acompanhar o debate, o conteúdo está disponível no canal AMIS DIGITAL no You Tube NESTE LINK
Foto: Internet
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