A nova meta global está sendo anunciada hoje pela companhia e faz parte de um conjunto de recentes compromissos relacionados a práticas mais sustentáveis. O diretor da categoria de alimentos da Unilever no Brasil, Rodrigo Visentini, disse que a meta deve ser alcançada com a ampliação do portfólio dos produtos veganos. “O número de produtos deve dobrar até 2025.” Recentemente a empresa lançou no Brasil a marca The Vegetarian Butcher, de hambúrgueres, almôndegas, nuggets e carne moída à base de proteína vegetal. O crescimento das vendas também deve ser ajudado pelas opções veganas nas marcas Hellmann’s, Magnum e Ben&Jerry’s.
O objetivo de vendas vem acompanhado de outros compromissos estabelecidos pela empresa no programa batizado de “Alimentos do futuro”. Entre as metas globais complementares estão: a redução pela metade o desperdício de alimentos desde a produção até o ponto de vendas, até 2025; dobrar o número de produtos com níveis positivos de nutrição (ricos em nutrientes e vitaminas); ter 85% do portfólio com menos sal até 2022; 95% dos sorvetes não terão mais do que 22 g de açúcar total, e 250 calorias por porção, até 2025. No Brasil, a meta de redução de desperdício de alimentos já foi alcançada, segundo o diretor.
O mercado “plant based”, como é chamado o segmento de produtos à base de proteína vegetal, deve crescer pouco mais de 7% ao ano até 2025, segundo a Mordor Intelligence, sendo a América do Sul o mercado de avanço mais acelerado. No Brasil, os últimos dois anos foram de muitos lançamentos, como os da Fazenda Futuro e de grandes frigoríficos como Marfrig e Seara, da JBS. “É uma agenda da indústria como um todo”, diz Visentini.
Esse tipo de produto ainda é de nicho e de preços elevados, mas o potencial de crescimento é exponencial. “Estamos tentando, por meio da capacidade de escala, tornar o produto mais acessível. O custo também cai com a conscientização do consumidor”, argumenta ele, citando as parcerias como parte da solução. A rede de fast-food Burger King, por exemplo, vende lanches com os hambúrgueres vegetais da Unilever.
Ainda sobre pressão de custos, em especial no Brasil, o diretor diz que a dificuldade não está na produção, mas, sim, na matéria-prima, que ainda depende, em grande parte, de importação.
Fonte: Valor Econômico
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