O prefeito Alexandre Kalil (PSD), de Belo Horizonte, anunciou novas restrições da atividade comercial da cidade nesta sexta (12/3). De acordo com o chefe do Executivo municipal, nove medidas serão adotadas, duas iniciando já neste sábado (13/3) e outras sete nesta segunda (15/3).
Segundo Kalil, entre as atividades proibidas a partir dessa segunda (15/3) estão o comércio da construção civil (varejo), os cursos de línguas estrangeiras e de danças, os carros de lanche e os cultos com templos abertos. O mesmo para os restaurantes. Esses últimos estabelecimentos só poderão vender por meio de delivery, sem entrega no local. Além disso, as lojas de conveniência dos postos de combustível só vão funcionar de segunda a sexta-feira, até as 18h.
Outras proibições pairam sobre a abertura dos parques e das pistas de caminhada. Isso acontece a partir deste sábado (13/3). A nova medida é uma maior rigidez na fiscalização das regras sanitárias na cidade. "A fiscalização será implacável com quem ignora a doença. Não podemos deixar comerciantes sérios, bares sérios e gente séria pagar por irresponsáveis. Não podemos deixar botequins matar jovens, crianças e bebês", afirmou o prefeito.
O monitoramento será feito pelos agentes da prefeitura, em conjunto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar. A prefeitura também informou que um estudo está em andamento para proibir o setor de serviços dentro dos prédios comerciais.
A PBH entende que essa pode ser a causa da lotação do transporte público, por exemplo. A Secretaria Municipal de Política Urbana conduz a pesquisa.
Lista das medidas anunciadas pela PBH:
Proibição do varejo da construção civil e cursos de língua estrangeira, arte e dança a partir desta segunda (16/3);
Aglomerações coibidas;
Proibição dos carros de lanche a partir desta segunda;
Proibição dos cultos religiosos com templo aberto a partir desta segunda;
Restaurantes só podem vender via delivery, com portas fechadas a partir desta segunda;
Lojas de conveniência dos postos de combustíveis apenas de segunda a sexta, até 18h, a partir desta segunda;
Fechamento de parques, praças e pistas de caminhada a partir deste sábado (13/3);
Fiscalização mais rígida por meio da PM, fiscais e GMBH;
Estudo para suspensão de atividades de serviços em prédios comerciais.
Na semana passada, BH retornou à fase zero do funcionamento do comércio, com expediente apenas dos serviços essenciais, como supermercados, padarias, drogarias e postos de combustíveis.
Nessa quinta (11/3), porém, a cidade registrou seus três indicadores fundamentais na zona crítica da escala de risco: as ocupações dos leitos de enfermaria e de UTI e o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus.
Conforme o boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, o fator RT chegou a 1,22. Essa é a maior taxa de transmissão da série histórica desde 4 de agosto: a cada 100 infectados, novos 122 se tornam vítimas da pandemia, em média.
Já a ocupação das UTIs dos leitos públicos e privados para a COVID-19 chegou a 89,4%. Esse dado também é recorde para o indicador. Antes, a maior taxa de uso era do balanço de 11 de janeiro: 86,5%.
Recorde também para o percentual de uso das enfermarias: 75,6%. O recorde anterior era justamente do balanço dessa quarta, quando a PBH contabilizou 71,6% dos leitos do tipo ocupados.
Conforme o último balanço da prefeitura, BH registra 120.837 casos confirmados da doença: 2.869 mortes, 5.848 pacientes em acompanhamento e 112.120 recuperados.
Fonte: Portal Uai
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