Neste momento difícil queremos prestar nossos sentimentos e estender nossa solidariedade junto aos familiares das vítimas da COVID 19, que infelizmente ainda persiste sobre nós, um ano após o diagnóstico dos primeiros casos.
O setor supermercadista atua de maneira responsável, cumprindo sua missão em garantir o abastecimento da população de forma ininterrupta, com elevado nível de segurança e adoção dos protocolos necessários que inibem a proliferação do coronavírus.
Com o advento da pandemia, vivemos uma situação atípica e repentina que nos obrigou a trabalhar incansavelmente no processo de prevenção de clientes e colaboradores, mediante a construção de medidas de proteção estabelecidas pelos nossos protocolos. Redobramos a atenção na utilização de máscaras, execução de limpeza constante das mãos e dos estabelecimentos, higienização com o uso de álcool gel 70%, implementação de regras de contenção de aglomerações. Para suporte de tais medidas contratamos mais colaboradores, o que inclusive permitiu que aqueles funcionários do grupo de risco fossem, preventivamente, afastados dos ambientes de trabalho, sem perda de suas garantias trabalhistas. Seguimos assim as mais rigorosas recomendações dos órgãos sanitários que asseguraram índices baixíssimos de contaminação e que deram ao consumidor tranquilidade para frequentar nossas lojas.
Atuamos fortemente junto à cadeia de distribuição perante os fornecedores e agentes logísticos para garantir o fluxo de abastecimento permanente, não obstante as dificuldades enfrentadas com a escassez de alguns produtos com alta demanda neste período de pandemia.
Sempre estivemos abertos ao diálogo junto às autoridades municipais e governamentais para buscar as soluções que fossem mais eficazes ao combate a pandemia, garantindo com segurança o suprimento das necessidades da população.
Neste contexto, a ABRAS tem visto com preocupação a adoção de medidas restritivas praticadas por Municípios e Governos Estaduais ao estabelecerem restrições de funcionamento ou até mesmo o fechamento de supermercados, o que gravemente vem desconstruindo este importante trabalho realizado pelo setor supermercadista, sem levar em consideração as necessidades básicas da população.
Estas imposições restritivas ou de fechamento de supermercados revelam-se muito preocupantes na medida em que tem potencial para desencadear um risco real de desabastecimento da população, por coibir seu acesso as atividades essenciais, além de seus deletérios efeitos sociais.
O setor supermercadista congrega no território nacional mais de 90 mil lojas físicas que compreendem 85% (oitenta e cinco por cento) do abastecimento nos lares brasileiros com mais de 28 milhões de visitações por dia. Desta forma, é nosso dever alertar responsavelmente que não há capacidade de atendimento em delivery para este volume de vendas. Além disso, a decretação deste impedimento de abrir as lojas tem provocado o indesejável efeito reverso de correria e aglomerações nos estabelecimentos nos dias que antecedem ao fechamento.
A ABRAS, neste momento tão delicado, entende que o setor supermercadista é importante aliado ao combate da pandemia ao contribuir para o abastecimento da população com acesso seguro às lojas, frente o trabalho exitoso que o setor vem empreendendo nos estabelecimentos para contenção da disseminação do coronavírus o que, inclusive, garante tranquilidade ao consumidor para que ele fique em casa neste momento de pandemia.
Por estas razões recomendamos aos associados que venham a dialogar com os Governos e Municípios que vêm adotando tais medidas restritivas expondo que tais medidas ferem a garantia da essencialidade que o setor supermercadista exerce perante a sociedade brasileira, além de colocar em risco o abastecimento ao impedir o acesso a produtos e serviços que atendem as necessidades básicas da população.
Durante toda a pandemia temos mostrado a força da nossa essencialidade para a população brasileira, e seguiremos mantendo o propósito de manter nossas lojas seguras para todos, trabalhando para que o consumidor esteja abastecido de forma segura. A sociedade não pode sofrer ainda mais!
Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)
17/3/2021
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