Setor supermercadista é signatário de carta aberta defendendo a não restrição ao seu funcionamento e de toda a cadeia produtiva alimentícia
22/03/2021 às 17:01

 

A ABRAS é uma das 17 entidades nacionais  que assinam a carta em conjunto com diversas associações empresariais. A AMIS apoia a iniciativa.

Abaixo, a íntegra do conteúdo intitulado  'Alimento é essencial'.

 

Alimento é essencial

 Aos governadores, prefeitos e parlamentares do Brasil

As Associações do setor produtivo, representantes das empresas responsáveis por mais de 80% da produção e distribuição de alimentos e bebidas no Brasil, vêm a público reforçar a importância da produção de alimentos e bebidas, sua cadeia de logística e de vendas, como supermercados, funcionarem sem interrupção ou restrições durante a pandemia da Covid-19.

Preservação da vida

As medidas de proteção à saúde da população são mais do que justificadas para conter o avanço da pandemia no Brasil. Por isso, toda a cadeia produtiva empreendeu esforços para cuidar dos seus colaboradores. Rígidos processos de segurança, com investimentos da ordem de R$ 21,9 bilhões, foram feitos para preservar as equipes e evitar a paralisação das plantas. Ações fundamentais para garantir que não houvesse desabastecimento de alimentos e bebidas para a população brasileira. E continuamos a perseguir esse objetivo, todos os dias, sem descanso.

Alimento é essencial

As operações de produção, distribuição, comercialização e entrega de alimentos e bebidas foram consideradas atividade essencial no primeiro momento da pandemia (Decreto 10.282/20), o que permitiu que os brasileiros pudessem cumprir medidas de isolamento com a tranquilidade de saber que não faltaria comida na mesa e que aglomerações no varejo não seriam necessárias, uma vez que a cadeia estava funcionando sem interrupções.

No momento em que o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia, consideramos fundamental reforçar com os governos e prefeituras o caráter de essencialidade do setor de alimentos e bebidas, para que seja garantida a manutenção de suas atividades e, com isso, afastado o risco de desabastecimento ou de desperdício de alimentos.

Qualquer interrupção traria efeitos negativos não só para a produção e o abastecimento, mas também para o armazenamento de produtos perecíveis que, ao não serem processados ou distribuídos, deixam de estar aptos para consumo. Situação grave e inimaginável em um cenário de pandemia, num momento em que a segurança alimentar é essencial para saúde da população e prevenção de doenças.

Contamos com todos

E com a sensibilidade dos governadores, prefeitos e parlamentares para que qualquer norma que traga restrição de circulação ou funcionamento de atividades não afete:

  • o funcionamento das fábricas de alimentos, bebidas e insumos necessários à produção;
  • a cadeia logística de armazenamento, distribuição e vendas de alimentos e bebidas - supermercados (uma vez que nem todas as pessoas e localidades têm acesso aos serviços de delivery);
  • a locomoção de caminhões e veículos privados ou coletivos que transportem colaboradores da indústria de alimentos e bebidas e de sua cadeia de forma que a atividade possa ser regularmente desenvolvida durante a semana, feriados ou finais de semana;
  • a flexibilidade necessária no efetivo de colaboradores e nos turnos de entrada e saída das fábricas.

Certos do compromisso público e da judiciosa apreciação de Vossas Excelências, temos a certeza de que o Brasil conseguirá atravessar esta grave crise sanitária com a maior segurança e tranquilidade possíveis para sua população.

Atenciosamente,

#alimentoéessencial

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