NRF CONVERGE: Ok Google, mostre-me o futuro do varejo?
24/06/2021 às 18:00

 

Por Gustavo Vanucci

O 3º dia da NRF CONVERGE foi aberto com a conversa entre o Mark Stell (Google) e Stjn Stabel (Carrefour Bélgica). Com o título Ok Google, mostre-me o futuro do varejo, os palestrantes trouxeram como núcleo o poder do Machine Learning em busca de insights em tempo real, uma verdadeira evolução do business inteligence (BI). Porém agora com dados estruturados e não estruturados possibilitando a interação com os clientes antes, durante e depois da compra.

Pegando carona na tecnologia, a Amazon Pay trouxe um case com a Autopets para identificar, pesquisar e encontrar produtos e serviços em marketplaces especialista, onde um terço das pessoas declararam que preferem comprar por voz. Ou seja, vamos observar o crescimento dos marketplaces especialistas como percebemos a evolução dos atacadistas genéricos para os atacadistas especialistas, uma vez que vamos precisar conhecer os produtos com muito mais profundidade.

Em seguida, Michelle Gass, CEO da Kohl's trouxe insights sobre a transformação digital. O primeiro é em investir em mix e sortimento voltado para o conforto, uma vez que as pessoas estão aprendendo a ficar em casa. O segundo está em que o processo de compra tem que ser cada vez, mas ágil e levar conveniência. E, por fim, as pessoas vão valorizar cada vez mais seus gastos o que modificará a relação de valor com marcas e categorias.

Ao final ela trouxe uma reflexão que também será percebida aqui no Brasil, segundo o curador e consultor Gustavo Vanucci. A tendência é que as pessoas reduzam o fluxo de compras, e diante disso o varejo precisa investir em loyalties (relacionamento e engajamento) o que irá impactar no mix e no sortimento de produtos.

A expectativa é que seja percebido uma mudança entre 15% e 20% do mix de produtos nos próximos meses, uma vez que algumas categorias vão perder força enquanto outras vão crescer consideravelmente.

Para garantir o fluxo de clientes, o varejo vai precisar trazer parcerias, serviços que possam facilitar o dia a dia de acordo com o perfil da comunidade local. Ou seja, é preciso ir além do omnichannel, estar na mente e na preferência do cliente, assim que surgir uma nova necessidade de compra.

Um termo novo que surgiu nesta NRF foi a economia conectada em busca de experiências significativas. O bate papo ocorreu entre o vice-presidente da PepsiCo, Jeff Swearingen, Robyn Novak da NESLON e Russ Barnes, GM Brands que concluíram a importância em promover cada vez mais a experiência de compra de forma que ela seja memorável em comparação com outras lojas, destacando três pilares da conveniência: facilidade, agilidade e o engajamento.

No final do dia foram apresentadas duas palestras mais técnicas: uma da Deloitte e outra da Kantar. Na primeira, a presidente e CEO do SAM´s Club, KathMclay conversou com Rodney Sides (Deloitte) sobre o paradoxo da lucratividade e concluíram que nas últimas décadas a margem do varejo está caindo e isso é preocupante para o segmento.

Para reverter a situação sugerem mesclar as fontes de receitas com a introdução de serviços, investir em tecnologias que aumentem o fluxo de pessoas e transformar o modelo B2C (bussiness to consumer) para C2B (consumer to business).

Já a palestra da Kantar, conduzida pela Diretora de e-commerce and omnichannel insights, Rachel Dalton e a Head de Growth Marketing da Amazon, Rose Jia, destacou as inovações específicas para a categoria de alimentos e suas recomendações para varejistas e marcas do setor. Quanto a inovação do varejo a conclusão é que estamos vivendo a terceira revolução do varejo em que as pessoas, estão comprando cada vez mais online, gastando mais online, com mais frequência online e em mais lugares online.

Em média, as pessoas que compraram somente no canal online saltaram de 2% em abril de 2020 para 5% em abril de 2021. As pessoas que compravam somente em lojas físicas, caiu de 11% para 10% e as pessoas que compravam em ambos os canais caiu de 87% para 85%. A expectativa é que até 2025 o varejo online represente 33% das transações norte americanas.

Para se ter uma ideia deste impacto, os três principais países em percentual de participação das compras online em relação as compras físicas, são: China com 52%; Coreia do Sul, com 28,9%, e Reino Unido 28,3%. Atualmente, a venda online dos supermercados (grocery) nos EUA saltou de 4% em 2017 para 7% em 2021, e a expectativa é que em 2025, atinja 13% de participação. ]

E no seu negócio, quanto está representando a venda  online?

(31) 2122-0500
Av. Barão Homem de Melo, 2.200, Estoril, Belo Horizonte - MG - 30494-080