O consumo de pães industrializados chegou a 89,4% dos lares brasileiros em 2020, com alta de 8,1 pontos percentuais (p.p.) se comparado com o ano anterior e quase dez pontos frente a 2018. Quem acompanha o setor aponta que quando um alimento ultrapassa 70% de penetração, ele já é consolidado e, como hábito, não retrocede. É isso que mostra um levantamento feito pela Kantar WorldPanel por encomenda da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi).
A abordagem do assunto, leva em conta o Dia Mundial do Pão, ocorrido no último sábado, 16 de outubro.
Impulsionado pela alta no consumo da chamada ‘cesta de café da manhã’, os pães industrializados também acabaram sendo um elemento importante para quem atravessou a pandemia em casa. Para além das padarias fechadas, eles também oferecem validade muito maior do que a dos pães artesanais.
A consolidação dos pães industrializados pode ser vista no crescimento da presença nos lares brasileiros. Em 2018, o produto fazia parte do cardápio de 79,8% das famílias. Dois anos depois passou a ocupar 89,4% das casas - nos dados da Kantar. Já a pesquisa da Nielsen com dados do IBGE mostra que o pão industrializado tinha consumo médio de 2,5kg por pessoa em 2018 e quase 2,9kg em 2020.
Em 2020, as indústrias de pães movimentaram um total de R﹩ 9,2 bilhões - receita 11% a mais que em 2019 (R﹩ 8,3 bilhões e 584 mil toneladas) - resultante da venda de 652 mil toneladas de produtos, com crescimento de 12%.
Para 2021, a expectativa é alcançar um crescimento de 3% a 5% em faturamento. "Mesmo com o afrouxamento gradual das medidas de distanciamento social, as pessoas ainda se sentem inseguras para retornar ao consumo fora do lar, além disso, os produtos da categoria são relativamente baratos, pertencentes à cesta básica de alimentação e a população está menos capitalizada, revisando as suas prioridades de consumo", destaca presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão.
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