Com o avanço da variante ÔMICRON nos EUA, a 112ª edição da NRF sentiu as mesmas dores do varejo americano. O primeiro impacto foi o aumento dos cancelamentos de última hora pelos participantes, seguido pelos cancelamentos dos expositores e em seguida nos serviços, provocado pelo efeito sanfona na ausência de funcionários das empresas prestadores de serviço.

COVID-19
Diante dos fatos, de forma acelerada e predestinada na temática da NRF 2022, a direção da feira lançou um ingresso on-line, para que os interessados pudessem acompanhar nesse ambiente, cerca de 25 das mais de 300 palestras previstas nesta edição.
Esta iniciativa ocorreu devido à redução de mais de 50% entre as 750 empresas expositoras esperadas para este ano, o que reforçou a importância da geração de conteúdo, como ocorreu na edição de 2021.
Mesmo com todo cuidado preparado pela direção em proteger os participantes, já circulam pela internet vídeos que retratam os espaços, guichês e corredores vazios. Para se ter uma ideia, nas edições anteriores, andavam pelos pavilhões entre 30-40 mil varejistas, e para este ano acredita-se que o público presente estará reduzido para 10-15 mil participantes.

Resumo do 1º dia
No primeiro dia, a palavra mais ouvida nos corredores era “metaverso”, com inúmeras discussões entre os participantes sobre os impactos positivos e negativos que a gamificação da vida humana poderá causar nas relações entre a indústria, o varejo e o consumidor final, não somente no setor de alimentos & bebidas, mas também nos mercados de luxo, vestuário, beleza entre outros. 

A feira começou com o bate papo de Brian Cornell (Target) e o presidente e CEO da NRF, Matthew Shay, que de maneira geral, retrataram as suas jornadas durante a COVID-19, destacando os investimentos do setor em infraestrutura, colaboradores, comunidades e principalmente nos aprendizados individuais e coletivos vivenciados para compreender as necessidades e os desejos dos consumidores e direcionar seus negócios, tirando-os literalmente de suas cadeiras.

As demais palestras, destacaram a preocupação com a cadeia de abastecimento, uma vez que o setor ficou desabastecido no início de 2022, devido ao retorno da pandemia e com a chegada do inverno no território americano, um alerta para o setor, reforçando a importância em criar ferramentas para integrar o varejo e a indústria e diminuir a distância entre o consumidor e as marcas.

Gustavo Vanucci - Consultor e Instrutor AMIS

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Créditos Fotos: Jason Dixson Photography