Índice de Consumo dos Lares Mineiros tem queda de 4,4% em maio
11/07/2022 às 17:15

O Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), que mede a variação do consumo no setor em todo o estado, apontou queda média de -4,40% em maio frente a abril.

Ante o mesmo mês do ano passado, a demanda cresceu 7,18%. Com isso, o acumulado do Índice de Consumo no ano – de janeiro a maio – chega a 7,64%. Os números estão deflacionados pelo IPCA/IBGE.

Para o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala, a variação negativa em maio sobre abril já era esperada, principalmente, pelo calendário e efeitos sazonais. “A demanda ocasionada pela tradição da Semana Santa, incluindo a Páscoa, elevou a base da comparação do mês de abril. Daí a queda em maio, o que é absolutamente normal quando há esse comparativo”, afirma Claret.

Considerando o calendário, ele cita ainda a ocorrência de cinco sextas-feiras e cinco sábados em abril e só quatro em maio. “Tradicionalmente, é o período da semana de maior demanda e essa diferença no número de dias traz um impacto negativo considerável”, explica.

Comparação anual

Tanto em relação a maio de 2021, quanto sobre o acumulado no mesmo período do ano passado, Claret cita diversos fatores que vêm contribuindo para a melhora no consumo. O principal deles é recuperação da economia, associada ao cenário mais claro para investimentos.

À medida que os efeitos da pandemia vão sendo superados, ocorre a retomada dos níveis de emprego. Segundo a PNAD Contínua, do IBGE, a taxa de desocupação (9,8%) do trimestre móvel de março a maio de 2022 recuou 4,9 pontos percentuais (p.p.) ante o mesmo período de 2021 (14,7%). Foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2015 (8,3%).

Mesmo que a renda não venha acompanhando no mesmo ritmo, a garantia do emprego já traz mais confiança para o consumo dos itens básicos. “O fato de o trabalhador poder contar com um emprego formal proporciona a ele mais segurança para suprir as demandas. E, com as taxas de juros mais altas, que inibe a compra de bens duráveis e semiduráveis, essa intenção de consumo é transferida para o varejo supermercadista”, analisa Claret.

Além da queda do desemprego, há os programas sociais, especialmente do governo federal, que vêm sendo pagos de maneira regular, o que não ocorreu nos primeiros meses do ano passado. A liberação dos saques do FGTS neste ano também trouxe maior poder de demanda.

Custos altos

Apesar da melhora na procura nos primeiros cinco meses, o Presidente Executivo da AMIS alerta para os cuidados quanto aos altos custos. "Os supermercados, assim como os consumidores, têm sido muito pressionados pelos custos de produtos e de operação. É preciso atenção contínua para conter gastos mais elevados”, lembra o executivo.

Regiões: A queda no Índice de Consumo em maio foi verificada em todas as regiões. No entanto, nenhuma alteração significativa em relação à média estadual. A mais impactada foi o Triângulo/Alto Paranaíba (-5,15%), praticamente igual à Norte/Noroeste, com o segundo maior resultado negativo: -5,12%. O Sul teve a menor retração, com – 4,08%, em sequência vem a Central, com – 4,09%.

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