A confiança dos donos de pequenos negócios de Minas Gerais aumentou em setembro, de acordo com a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon), que ouviu 1.381 representantes do segmento entre 1° e 15 de setembro. O índice do mês de setembro foi o maior da série histórica, que teve início em novembro de 2020, registrando 132 pontos. Pela primeira vez em 13 meses, o Iscon registrou dois aumentos consecutivos, de julho para agosto, de nove pontos, e de agosto para setembro, de seis pontos.
O setor mais confiante foi a Construção Civil, que registrou 137 pontos, o maior valor obtido por um setor durante a série histórica. Comércio, Serviços e Indústria registraram o mesmo valor de confiança, de 132 pontos. Todos aumentaram os níveis de confiança em relação ao mês anterior, sendo a variação mais elevada a da Construção Civil, de 17 pontos, e a menos elevada a da Indústria, de quatro pontos. Esse resultado pode ser efeito de uma melhora geral do quadro econômico, com destaque para a queda no IPCA, de 0,68% em julho, primeira queda em dois anos, e de 0,36% em agosto, indicando desaceleração da inflação.
O arrefecimento da alta dos preços foi resultado principalmente dos cortes de tributos de combustíveis e energia, mas a queda da inflação tem abrangido outros setores, como transportes e alimentos. O IPCA-15 apresentou em setembro a segunda taxa negativa seguida. Em agosto, o indicador havia registrado queda de 0,73%, e em setembro diminuiu 0,37%.
O Iscon mede a confiança do empresário sobre a condição e a expectativa para seu ramo de negócio e para a economia nacional. O índice é baseado em questões relacionadas a condições (para a empresa e para a economia nos últimos três meses) e expectativas (para a empresa e para a economia nos próximos três meses). O número de empregados, o faturamento e a infraestrutura são variáveis que compõem o Iscon, que começou a ser medido em novembro de 2020.
De acordo com a Assistente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas Izabella Siqueira, os resultados da pesquisa Iscon de agosto e setembro "sugerem que os empreendedores de Minas Gerais podem estar recuperando sua confiança, que foi muito afetada durante os últimos dois anos devido a pandemia de Covid-19”.
A especialista também chama a atenção para a importância da confiança dos donos de pequenos para o desempenho da economia. “A confiança empresarial aumenta a propensão dos empreendedores a assumirem riscos. Com maior grau de confiança, o empresário é mais propenso a tomar decisões como realizar investimentos, aumentar a infraestrutura e o número de empregados, negociar com fornecedores, ou seja, inovar e buscar soluções para o crescimento da empresa. Com esse aumento de investimentos, a empresa pode se tornar mais competitiva no mercado. Além disso, esse movimento gera renda, com aumento de emprego e de vendas de produtos. Portanto, a confiança, por si só, tem um papel significativo para influenciar positivamente ou negativamente o real desempenho futuro da economia”, explica Izabella
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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