Supremo investirá R$ 60 milhões até 2020
13/07/2018 às 10:02

Grupo Supremo Carnes, com sede em Ibirité, na região Central, investirá R$ 60 milhões entre 2018 e 2020. O aporte tem como objetivo instalar o sistema de desossa nas plantas de abate de bovinos localizadas nos municípios de Campo Belo, na região Centro-Oeste, e Abaeté, região Central. Parte do montante também será aplicada em melhorias na planta de Carlos Chagas, no Vale do Mucuri, onde já é feito o abate dos bovinos e a desossa da carne.


Com o investimento, haverá expansão de 35% a 40% na produção de carne, o que permitirá o aumento da participação no mercado. Para 2018, as expectativas são positivas e a projeção é fechar o ano com aumento de 9% no faturamento.

De acordo com o diretor executivo do Grupo Supremo Carnes, Sandro Silva de Oliveira Júnior, os aportes serão iniciados até o final do ano e a previsão é concluir todo o investimento em 2020.

“Nosso projeto é de médio a longo prazo e iremos investir R$ 60 milhões. Nossa expectativa é ampliar entre 35% a 40% a produção de carne bovina e expandir nossa atuação nos mercados nacional - principalmente em Minas Gerais - e internacional”, explicou Oliveira.

O Grupo Supremo possui quatro plantas em operação, todas no Estado, e a intenção é aprimorar e modernizar a estrutura das unidades. Na unidade de Ibirité, matriz da empresa, já é feito o abate e desossa da carne. Na unidade de Carlos Chagas, o aporte será na modernização e aprimoramento dos sistemas de abate e desossa.

Já nas unidades de Abaeté e Campo Belo, além do abate, que já é feito, será instalado o sistema para a desossa da carne, o que é fundamental para o crescimento da produção.

“Hoje nosso abate gira em torno de  mil cabeças ao dia e nossa expectativa é elevar esse volume para até 1,5 mil cabeças dia em 2020. Nosso planejamento é agressivo e pretendemos ampliar ainda mais nossa atuação dentro do País e, principalmente, no Estado. Hoje, nosso market share no mercado mineiro varia de 35% a 40% e pretendemos expandir em pelo menos 10% após a expansão das plantas”, explicou.  

Com 30 anos de atuação no mercado, com a expansão, a empresa pretende ocupar o espaço deixado pelos grandes frigoríficos envolvidos na operação Carne Fraca.

“A gente está totalmente fora da operação Carne Fraca e teremos a oportunidade de preencher o mercado deixado principalmente pelas empresas que foram afetadas pela operação, principalmente, os grandes players”.

Atualmente, 70% da produção do frigorífico é destinada ao mercado nacional e 30% exportada para cerca de 30 países. No exterior, a maior demanda é proveniente do Oriente Médio e do Sudeste Asiático. Com o aporte, a expectativa é adaptar as fábricas e atender a mercados mais exigentes, como a União Europeia e os Estados Unidos.

Linhas nobres 

 A preocupação com a qualidade da carne disponibilizada para o mercado é grande. De acordo com Oliveira, o Grupo Supremo tem investido também em linhas nobres, como a carne de angus. O produto tem maior valor de mercado, principalmente devido à qualidade e ao manejo diferenciado.  

“Fizemos, há três meses, o lançamento da linha Black Angus e nossa principal atuação será na mudança de concepção do mercado para mostrar que Minas Gerais consegue produzir carne premium e de qualidade. O tíquete médio desse produto é mais alto, mas o consumidor, em função da qualidade diferenciada da carne, da maciez e do marmoreio, tem aceitado bem o produto. É um diferencial que o consumidor busca e que tem mercado”, explicou Oliveira.  

Em relação ao mercado, as expectativas são positivas e a tendência é encerrar o período com aumento de 9% no faturamento, que deve ficar próximo a R$ 750 milhões.

“Nossa expectativa é crescer em 2018, apesar do consumo retraído no mercado interno e da recuperação ainda lenta da economia. O mercado externo tem compensado parte da queda de consumo no mercado local, principalmente, com a desvalorização do câmbio”.

O Grupo Supremo Carnes conta, hoje, com 1,3 mil funcionários diretos e gera cerca de 700 empregos indiretos. Com o investimento, a expectativa é ampliar em 30% o número de empregos diretos no interior do Estado.

(Fonte: Diário Comércio)

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