Os comerciantes de Belo Horizonte esperam aumento das vendas no Dia dos Pais de 2018. A primeira data comemorativa do segundo semestre deve injetar R$ 1,81 bilhão no comércio da Capital, com expectativa de crescimento de 1,98% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, maior percentual projetado de alta desde 2012. O levantamento divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) mostrou que 44,1% dos entrevistados acreditam que as vendas vão aumentar na data comemorativa, enquanto 25,2% esperam um comércio igual ao de 2017.
Apesar da expectativa positiva, o percentual de lojistas pessimistas era menor no ano passado. Neste ano, 30,7% dos entrevistados acreditam que o resultado das vendas deve ser pior, enquanto em 2017 19,6% mostravam pessimismo. Na avaliação do vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar, fatores como a paralisação nacional dos caminhoneiros e a indefinição do cenário político influenciaram a confiança dos empresários.
“Os impactos da greve dos caminhoneiros estão bem recentes e as vendas não estão decolando como imaginávamos. Na média, existe um otimismo, mas os reflexos, com certeza, deixaram alguns comerciantes pessimistas, sobretudo dependendo da região da cidade e do setor de atuação”, explicou Gaspar.
Os lojistas com as melhores expectativas em relação às vendas no Dia dos Pais estão concentrados nas regiões Oeste, Pampulha e Venda Nova. Com a perspectiva de alta nas vendas, 47,8% dos empresários aumentou o volume do estoque para atender a demanda da data.
Presentes
As roupas devem ser o item mais procurado para presentear os pais, segundo 29,7% dos empresários. Em seguida, estão os acessórios como carteira, cinto, meia, gravata, bolsa e malas, com 13,9% da preferência, seguido pelos óculos (13,3%), calçados (10,5%) e perfumes/artigos de barbearia (5,5%).
Para 2018, os lojistas belo-horizontinos acreditam que os consumidores vão investir um valor menor nos presentes. A expectativa é de que o tíquete médio das compras seja de R$ 121,63, valor menor do que os R$ 180,62 esperados em 2017. Mesmo com o tíquete médio acima dos R$ 100, 36,3% dos empresários afirmaram que os consumidores vão desembolsar entre R$ 50,01 a R$ 100 para presentear.
Gaspar ressaltou que a expectativa de valor médio para este ano voltou a um padrão considerado normal para o tipo de presente geralmente comprado no Dia dos Pais. “Neste ano, o valor esperado pelos lojistas está dentro do que é observado, enquanto, no ano passado, as expectativas em relação ao tíquete médio estavam muito além do real”, afirmou.
O levantamento da CDL-BH apontou ainda que, para a maioria dos empresários (77,6%), a forma de pagamento mais utilizada para as compras do Dia dos Pais será a parcelada no cartão de crédito em até cinco vezes. As demais formas de pagamento citadas pelos empresários foram à vista no cartão de crédito (16,6%); dinheiro (3,4%); cartão de débito (1,3%) e parcelado no cheque (1,1%).
Estratégias de divulgação - A decoração da loja foi apontada por 26,7% dos comerciantes como a principal alternativa para alavancar as vendas no Dia dos Pais, seguida pela divulgação dos produtos (22,6%). O principal meio utilizado para essas ações serão as redes sociais como Whatsapp, Facebook e Instagram, que, segundo 39,7% dos lojistas, têm sido a forma mais eficiente para expor os itens e atrair clientes.
Entre as alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas durante a data comemorativa, 42,8% dos lojistas apontou as liquidações/promoções/ofertas de produtos, enquanto 15,6% apostou na divulgação e 8,8% no atendimento. Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os entrevistados, são a falta de agilidade e cordialidade no atendimento (22%), o aumento do preço dos produtos (19,3%), o desemprego (17,8%), a crise financeira/econômica (16%) e o aumento da inadimplência (9,1%).
“Nas últimas pesquisas, observamos que as redes sociais estão cada vez mais fortes. A facilidade de uso e o baixo custo dessa mídia têm feito com que grande parte dos lojistas migre para essa opção. O grande atrativo dos anúncios, tanto nas vitrines das lojas, quanto nas redes sociais, são as promoções”, destacou Gaspar.
(Fonte: Diário do Comércio)
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