O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou lucro líquido consolidado atribuído aos acionistas controladores de R$ 478 milhões no segundo trimestre de 2018, um avanço anual de 259%, segundo demonstrativo entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A receita líquida apresentou um crescimento de 10% no mesmo intervalo comparativo, para R$ 11,77 bilhões.
Também na comparação anual, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 50,7% no trimestre, para R$ 972 milhões. A margem Ebitda subiu de 6% para 8,3%.
No trimestre, o item "outras despesas operacionais" mostrou queda de 70,8%, de R$ 308 milhões para R$ 90 milhões. As despesas englobam o fechamento e conversão de lojas, no total aproximado de R$ 46 milhões, e com a integração e reestruturação no multivarejo, de cerca de R$ 43 milhões.
No segundo trimestre, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 147 milhões, um recuo de 21,5% ante o valor também negativo de R$ 188 milhões no ano passado. Segundo a empresa, a melhora ocorreu, principalmente, com a redução do custo da dívida com a queda dos juros no período.
Unidades de negócio
Separando os resultados por unidades de negócio do Grupo Pão de Açúcar, a rede Assaí obteve lucro de R$ 412 milhões no segundo trimestre (+327,8%) e receita líquida de R$ 5,3 bilhões (+23,5%).
Já o segmento multivarejo obteve ganho de R$ 64 milhões entre abril e junho de 2018, queda de 36,3% ante um ano atrás. A receita líquida chegou a R$ 6,5 bilhões (+1,7%).
Créditos fiscais
No comunicado sobre os resultados, o GPA também divulgou um lucro consolidado dos acionistas controladores de R$ 153 milhões. Esse valor exclui créditos fiscais, no qual a empresa detalha que no segundo trimestre de 2018 foram referentes à unidade multivarejo e Assaí.
Dívida líquida
O grupo atingiu em junho de 2018 dívida líquida de R$ 2,8 bilhões, uma queda de 25,6% na comparação com março, quando somava R$ 3,8 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda em 12 meses, ficou em 1,06 vez em junho, contra 1,63 vez em março.
A redução da dívida líquida ocorre com o salto de 79% do caixa e aplicações financeiras, de R$ 1,7 bilhão em março de 2018 para R$ 3,05 bilhões em junho. A dívida bruta cresceu 7,1% no período, para R$ 5,85 bilhões.
Investimentos
Durante o segundo trimestre de 2018, o GPA investiu um total de R$ 330 milhões, um aumento de 15,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, os investimentos totalizaram R$ 659 milhões, um aumento de 18,9% ante os seis primeiros meses do ano passado.
Do total de abril a junho, R$ 157 milhões foram aportados em novas lojas, aquisição de terrenos e conversões de lojas, um crescimento de 23,8% na base anual. No total dos seis primeiros meses, essas aplicações foram de R$ 245 milhões, alta de 58,3%.
Em reformas e manutenção, o GPA investiu R$ 101 milhões somente no período de abril a junho, uma queda anual de 2,2%, e R$ 179 milhões no primeiro semestre, avanço de 1%.
Em infraestrutura e outros investimentos foram R$ 84 milhões no segundo trimestre, alta anual de 87%, e R$ 152 milhões no semestre, crescimento de 73,7%. A empresa exclui ainda no trimestre R$ 12 milhões de financiamento de imobilizado.
Segundo o grupo, os investimentos totais de R$ 330 milhões no segundo trimestre foram, principalmente, para expansão da rede Assaí, com abertura de três novas lojas, e reformas de seis lojas do Pão de Açúcar. Para todo o ano de 2018, a empresa espera abrir 20 lojas Assaí e reformar 20 unidades Pão de Açúcar.
(Fonte: Valor Econômico)
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