As empresas supermercadistas vão continuar a investir na abertura de lojas, em reformas e melhorias no atendimento em 2024. De acordo com o levantamento da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), 75 novas unidades devem ser abertas em Minas Gerais neste ano, com investimentos de R$ 1,125 bilhão. Isso, depois de um 2023 em que os supermercados inauguraram 79 lojas em Minas Gerais.

O total de empregos gerados somente nesses novos empreendimentos será de 7.500 postos. O setor projeta ainda um crescimento real de 3% do consumo em 2024. “As expectativas no setor são de um ano com crescimento da nossa economia, com a continuidade da redução dos juros e das taxas de desemprego”, projeta o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala.

Custos elevados e falta de mão de obra são alguns dos fatores devem desafiar a expansão do setor, na avaliação de Claret. “Sabemos dos enormes desafios do setor, sobretudo com os elevados custos, mas há também muitas oportunidades. Um segmento essencial à população não pode parar de investir em novas lojas, em atendimento, atualização profissional e na boa experiência do cliente, e é isso que norteia a atuação do setor supermercadista mineiro”, enfatiza

Setor encerra 2023 com mais de 17 mil lojas e 400 mil colaboradores

Com investimentos em todas as regiões do estado, o setor supermercadista mineiro inaugurou 79 lojas ao longo de 2023. Os novos empreendimentos geraram 7.057 empregos diretos, considerando somente as novas contratações para essas unidades. Os números são do levantamento anual da AMIS com o objetivo de acompanhar a evolução da expansão dos pontos de venda e geração de empregos por essas novas unidades no estado. Os aportes foram da ordem de R$ 878 milhões.

O crescimento em número de lojas e a constante modernização no setor aqueceram também as reformas e transformações de formatos, que ocorreram em grande volume ao longo do ano. Essas unidades, no entanto, não são contabilizadas no levantamento, porque já fazem parte do estoque de lojas existentes. Minilojas instaladas em condomínios ou similares também não entram nessa contagem.

Contabilizadas as novas unidades, o setor chega ao total de 17.026 lojas em Minas Gerais no fechamento de 2023. Com atuação nos 853 municípios mineiros, o segmento exerce seu papel essencial no atendimento à população e com lojas cada vez mais modernas. “Temos uma concorrência cada vez mais acirrada, e isso nos torna ainda mais preparados para atender o nosso consumidor, com lojas que ofereçam uma experiência de compra capaz de superar as expectativas dessa demanda”, afirma Claret.

O número total de colaboradores empregados no setor supermercadista mineiro chegou a 400.971, efetivo que é contratado e treinado para o atendimento ao consumidor, mesmo num cenário de carência de mão de obra. “Esse é mais um grande desafio do setor supermercadista: encontrar profissionais. Cada vez mais as empresas precisam investir em recrutamento e treinamento de pessoal para as novas lojas e para as vagas abertas diariamente,” explica Claret. “Mas essa é uma atuação normal para o segmento que sempre foi uma escola de preparação de pessoas para o trabalho e para a vida,” conclui.

Formatos e regiões

O formato tradicional de supermercado, ou lojas de vizinhança, teve maior número de aberturas, com 48 unidades, seguidas do atacarejo, com 25 pontos. “É importante esclarecer que o atacarejo continua em forte expansão, mas aqui cabe uma explicação: muitas unidades desse segmento foram abertas a partir da ampliação e transformação de lojas de vizinhanças e hipermercados convertidos para o novo modelo de atendimento, porém não significam a criação de novo ponto de venda”, explica o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala.

A expansão do número de empreendimentos foi verificada em todas as regiões do estado, com destaque para a Central, onde está a Grande BH, que recebeu 25 unidades. “O interior continua com enorme potencial para investimentos, mas a Grande Belo Horizonte, pela pujança econômica e maior concentração da demanda, sempre lidera os aportes do setor”, analisa Claret.

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