Em 2017, as perdas do setor supermercadista brasileiro chegaram a R$ 6,4 bilhões, ou 1,82% do faturamento, segundo a 18ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Esse número representa queda de 0,28 ponto percentual, na comparação com o ano anterior, que havia sido de R$ 7,11 bilhões registrados na última pesquisa.
O levantamento teve a participação de 218 redes supermercadistas, para as quais as principais causas de perdas em 2017 foram: quebra operacional (36%), furto externo (15%) e erro de inventário (15%) e furto interno (10%).
Entres produtos que mais sofreram perdas em quantidade de acordo com a pesquisa, foram: energético, cerveja, corte bovino (exceto picanha), pilhas e baterias, chocolate em barra/tablete, queijo, sabonete, azeite e odorizador de ambiente.
Para o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, a prevenção de perdas é preocupação constante da entidade, que por meio do seu Comitê de Prevenção de Perdas e Desperdício de Alimentos procura disseminar a cultura da área nas empresas, uma prática que precisa ser vista como um investimento e não como gasto operacional. “A Avaliação de Perdas é a principal fonte de informação do setor. Somente com a identificação do que está dando errado é que podemos elaborar ações bem sucedidas, para prevenir as perdas”, diz.
Do total de respondentes da pesquisa, 68% possuem área de prevenção de perdas na empresa, ante 59,7% no ano anterior, um crescimento de 8% em relação a 2016. No estudo foram destacados, também, os recursos tecnológicos mais utilizados atualmente pelos supermercadistas para prevenir as perdas nas lojas: CFTV (monitoramento por câmeras), alarmes de acesso, coletor de dados para a realização de inventário, e radiocomunicador, entre outros.
Em relação às atividades adotadas para a prevenção de perdas, citadas pelos supermercadistas, estão: treinamento para colaboradores, definições das metas de perdas e controles e planos de ações, e introdução de processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção.
Em 2017, o setor supermercadista perdeu R$ 3,927 bilhões nas seções de açougue, FLV (frutas, legumes e verduras), padaria e peixaria. O montante em 2016 chegou a R$ 3.981 bilhões, o que resultou em uma redução de R$ 54.2 milhões de um ano para o outro.
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