O Grupo Pão de Açúcar (GPA), por meio de sua operação de atacarejo Assaí, começará a vender maquininhas de cartão de crédito e débito com a marca "Passaí".
Na próxima semana, o equipamento começa a ser oferecido para pessoas jurídicas, clientes da rede - o Assaí atende bares, restaurantes, hotéis, entre outros. O projeto piloto começa em uma loja na zona leste de São Paulo e, até o início de novembro, todas as 130 lojas do Assaí devem comercializar o produto, disse ontem o diretor financeiro do Assaí, José Marcelo Santos.
A empresa não informa o preço do equipamento. Informa apenas que o valor será anunciado em breve e que a venda ocorrerá em 12 parcelas, como já é uma prática do mercado. A FIC, financeira do Itaú, parceira do GPA, deverá liderar o projeto ao lado do grupo. O Itaú já oferece outras opções no mercado, como a maquininha Pop Credicard, lançada em julho.
A empresa estuda a venda da maquininha para clientes fora do base do Assaí a partir do ano que vem. E também pode usar a marca Passaí para maquininhas a serem vendidas futuramente por outras redes do GPA.
Pelo modelo criado no Assaí pelo GPA e Itaú, haverá retorno do dinheiro gasto pelo cliente na maquininha para a própria conta da empresa. Funciona da seguinte forma: há uma taxa de administração paga em cada operação de compra e venda que passa pela maquininha. No Passaí, 10% dessa taxa retornará como crédito para o cliente usar em compras nas lojas do Assaí (chamado "cash back"). Essa taxa de administração está, em média, hoje entre 2,5% e 3,5% no mercado de varejo no país.
A rede do GPA arcará basicamente com custos de treinamento e do espaço para venda do equipamento nas lojas. Parte dos ganhos do Assaí virá do aumento nas vendas nas lojas de clientes que usarem os créditos do "cash back". A FIC deve "bancar" esse custo do "cash back".
"Queremos que esse cliente use os créditos na loja e gere maior 'fidelização' na nossa base", disse Santos. Os créditos terão validade de 36 meses. Pelo equipamento, poderá também ser feito recarga para celular.
Com isso, cresce a concorrência no mercado de maquininhas, disputado por empresas como PagSeguro, Rede e Cielo. (Fonte: Valor Econômico)
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