A Associação Mineira de Supermercados completa nesta sexta-feira, 10 de janeiro, 49 anos de trabalho em defesa do desenvolvimento do setor supermercadista, atuando em prol de seus interesses.
Uma trajetória que teve início numa reunião às 9 horas da manhã, do dia 10 de janeiro de 1971, que se tornou um marco para o segmento supermercadista mineiro. No 12º andar da sede da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais, no Centro de Belo Horizonte, o representante da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) Eloy Nogueira da Silva declarou aberta a sessão da Assembleia Geral de fundação da Associação Mineira de Supermercados (AMIS).
Naquela reunião, como registra a ata número 1/71, “com a presença de dezenas de empresários da Capital e de várias cidades do interior” foi eleita a primeira diretoria daquela que viria a ser uma das principais entidades empresariais do Brasil.
Com chapa única apresentada, a diretoria foi composta pelos seguintes membros: Miguel Furtado Neto, como presidente; Levy Nogueira, vice-presidente; Paulo Ribeiro Nunes, secretário e Raimundo Lopes, tesoureiro. Amarinho Marques Mena, José Nogueira Soares Nunes e Francisco de Assis Moura foram eleitos Vogais. Foi criado ainda o Conselho Fiscal com os membros efetivos: Geraldo Augusto Freitas, Nelson Queiroz, Paulo Pires e os suplentes: José Pires, Vilmar Reis Pizzo e Alcides Reis Bastos.
A ideia de criação da entidade surgiu na Convenção Brasileira de Supermercados, de 1970, organizada pela Abras em São Paulo. O pedido foi feito ao então delegado da entidade para Minas Gerais, Levy Nogueira, que era sócio-proprietário do Epa Supermercados. Ele foi a principal liderança na criação e organização da entidade mineira.
Nas décadas de 1970, 1980 e até meados dos anos 1990, quando os órgãos de fiscalização exerciam poder severo sobre o setor, atribuindo a este praticamente todas as mazelas da inflação, a AMIS se tornou ainda mais forte para defender o segmento supermercadista. Hoje, é uma das mais fortes e representativas entidades empresariais do País, saindo da finalidades inicial de “dentre outras, reunir os empresários de todo o estado”, para se tornar uma associação atuante nos mais diversos temas que vão de sustentabilidade ambiental a ações sociais. Tudo isso, no entanto, sem se descuidar do objetivo principal de apoiar e defender a classe e sua missão de promover a união, o relacionamento e o fortalecimento dos associados.
Hoje
Atualmente presidida pelo diretor comercial da rede Verdemar Supermercado e Padaria, Alexandre Poni, a entidade possui mais de 1,2 mil empresas associadas , que, juntas, representam 90% das vendas do setor supermercadista mineiro. São desde a maior empresa varejista do mundo a microempresas supermercadistas de pequenos municípios mineiros.
Tendo como negócio “fomentar o setor varejista”, a AMIS teve colaboração fundamental em toda a evolução e desenvolvimento dos supermercados mineiros desde sua criação. Atualmente, é uma grande escola para o segmento varejista em treinamento desde profissionais de nível operacional aos níveis estratégicos. A entidade é uma referência em conhecimento para o varejo.
Além de promover o conhecimento, a AMIS é responsável por realizar eventos que fomentam o relacionamento e negócios entre supermercadistas e fornecedores. Entre eles está a Superminas, hoje reconhecida no País pela sua grandiosa estrutura onde o varejista encontra tendências de mercado e um ambiente totalmente voltado para o desenvolvimento do setor supermercadista.
As empresas associadas contam também com serviço de assessoria jurídica onde são orientados sobre legislações e a defesa de causas que impactam o setor.
O setor
O setor supermercadista em Minas Gerais nasceu em 10 de janeiro de 1958, com a inauguração do Supermercado Serv-Bem, em Belo Horizonte. Ele foi o pioneiro no estado, com 100% autosserviço em Minas Gerais que se tem notícia, disponibilizando para o consumidor até um "delivery". Um concorrente seria aberto somente no final daquele ano. Ou seja, em 1958, a Capital tinha duas lojas de supermercados!
Somente a partir de 1960 um número maior de lojas supermercadistas começou a surgir na Capital e em algumas cidades de maior porte do interior. O sistema de varejo de alimentos que liderava o mercado era o de mercearias. Nele o cliente solicitava a um atendente no balcão os itens de sua lista de compras. O autosserviço, por meio dos supermercados, assumia então a liderança do varejo em Minas.
Nas décadas que se sucederam, os supermercados se expandiram ainda mais no País, passando a incluir seções como, por exemplo, padaria, açougue e restaurante. Novos formatos de loja também surgiram ao longo das décadas, como os hipermercados, os supermercados gourmet e os atacarejos. Foram décadas também de contribuição do setor à luta contra a inflação, que somente foi domada em 1994, com o Plano Real.
Somente em 1967 pode-se dizer que o número de lojas supermercadistas superou o de mercearias. Este fenômeno ocorreu também na maioria dos estados brasileiros, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, levando à criação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em 1968.
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