As fabricantes de alimentos Marfrig e BRF anunciaram após o fechamento do mercado desta quinta-feira (30) que estão em conversas para uma possível fusão, que criaria um gigante de R$ 76 bilhões de faturamento anual. Pelo plano, a BRF teria 85% da nova empresa, enquanto o Marfrig ficaria com os 15% restantes.
Por meio de fatos relevantes, ambas anunciaram que seus conselhos de administração aprovaram a assinatura de um memorando que prevê um período de exclusividade de 90 dias, prorrogáveis por outros 30, o que pode preceder a consolidação dos ativos das companhias em uma nova sociedade.
De um lado, a BRF vem de uma grande reviravolta, com a chegada de Pedro Parente à presidência do conselho, em abril de 2018, como nome de consenso para pacificar uma companhia com acionistas em pé de guerra. Parente, ex-presidente da Petrobras, tinha a missão de elaborar um plano de reestruturação da empresa, após os desdobramentos catastróficos da Operação Carne Fraca, da greve dos caminhoneiros e de uma sucessão de erros de gestão. Parente assumiu com o desafio de melhorar a eficiência da companhia, lançando produtos de maior valor agregado, ao mesmo tempo em que reaproximava a empresa dos produtores rurais.
O Marfrig, por sua vez, passou por um redirecionamento estratégico para se focar em carne bovina. Em junho de 2018, adquiriu o controle da norte-americana National Beef, e se tornou a a segunda maior empresa de carne bovina do mundo, atrás da JBS. Em dezembro, comprou o controle da QuickFood, líder na produção de alimentos derivados de carne bovina na Argentina. Ainda comprou da BRF uma fábrica de processados em Várzea Grande, no Mato Grosso. (Fonte: Exame)
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