A produção e a comercialização dos queijos artesanais em Minas Gerais foram regulamentadas pelo governador, Romeu Zema, nessa quarta-feira (19), pelo Decreto 48.024/2020. A lei estadual número 23.157/18 e o decreto 48.024 preveem que para ser comercializado, o queijo minas artesanal deve ter autorização e ter a rotulagem aprovada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
É o que confirma o artigo 30 do decreto que especifica: “O queijo artesanal para ser comercializado deve ser autorizado e ter sua rotulagem aprovada pelo órgão de serviço de inspeção oficial, atendendo ao disposto na Lei nº 23.157, de 2018, e nas normas regulamentares específicas”.
O decreto prevê ainda que na rotulagem deve constar a denominação de cada queijo artesanal de acordo com regulamento específico com base em parâmetros de qualidade e identidade estabelecidos para o tipo de queijo.
Embalagem
O queijo artesanal poderá ser comercializado com ou sem embalagem, conforme a característica do produto. Mas, se for embalado, deve ser em material aprovado para uso em alimentos, com proteção contra agentes externos, alterações, contaminações e adulterações.
Se a comercialização ocorrer sem a embalagem, será necessária a identificação na peça com marcação de baixo relevo ou a utilização de material que não seja tóxico.
Segundo o governo de Minas, o estado tem cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais e empreendedores rurais e a medida contribui para tornar o ambiente de negócios mais favorável para esses produtos.
Patrimônio
Os queijos artesanais se tornaram um símbolo importante na representação da tradição e da cultura de Minas Gerais e tiveram seu modo de produção reconhecido como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). Hoje, em todo estado, há pelo menos 13 regiões de queijos artesanais reconhecidas.
Seminário
Nos dias 25 a 27 de agosto, os queijos artesanais de Minas Gerais são tema de um seminário que vai reunir produtores, técnicos, estudantes, profissionais da gastronomia e demais empreendedores da cadeia.
O seminário, de forma virtual, contará com palestras sobre as perspectivas para o queijo artesanal mineiro durante e pós-pandemia de covid-19, os processos regulatórios na produção, as tendências para alimentos artesanais; além de cooperativismo e mercado.
A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa); pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG).
A inscrição pode ser feita gratuitamente neste link.
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