Setor supermercadista mineiro chega a 10,78% de crescimento até novembro
17/12/2020 às 17:32

As vendas nos supermercados em Minas Gerais tiveram crescimento de 10,78% no acumulado de janeiro a novembro de 2020. É o que informa o Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), feita com empresas de todos os portes e em todas as regiões do Estado.  

Em novembro de 2020, período de referência da pesquisa, sobre o mesmo mês de 2019, houve crescimento de 6,31%.   Porém, quando comparados os resultados de novembro com outubro, o setor registra retração nas vendas de 5,96%.  Os dados estão deflacionados pelo IPCA/IBGE.

O crescimento de 10,78% de janeiro a novembro, segundo os supermercadistas pesquisados, está acima das previsões feitas no início do ano. As mudanças imposta pela pandemia no varejo acabaram favorecendo o setor supermercadista. “Um maior número de pessoas em casa, outros segmentos tendo que ficar fechados, como bares e restaurantes, e o auxílio emergencial pago pelo governo federal contribuíram para aumentar as vendas no setor”, afirma o Presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala. 

Por outro lado, o setor teve suas despesas aumentadas fortemente com o “custo da pandemia”. As lojas precisaram ter seu funcionamento readequado com aquisição de novos equipamentos, fornecimento de itens de cuidados sanitários para clientes e colaboradores, equipamentos de proteção e dispositivos de informação. “Soma-se a isso a alta dos preços, especialmente de itens da cesta básica, motivada pela pressão da demanda, o aumento das exportações e a valorização cambial. Esses fatores fizeram com que o setor tivesse crescimento de vendas, mas os resultados não acompanharam esse desempenho, devido aos custos dos produtos e de operação das lojas”, analisa Claret.

Resultados em novembro

O crescimento de 10,90% em novembro deste ano sobre o mesmo período do ano passado pode ser atribuído também aos efeitos já citados da pandemia. Já a queda frente a outubro, na opinião dos supermercadistas, começa a refletir a diminuição em 50% no auxílio emergencial. Outra justificativa, em termos de renda do consumidor, é que aqueles trabalhadores que foram demitidos no início da pandemia e receberam as verbas de rescisão, em muitos casos, começam a ficar sem esse recurso.

Mas o mês de novembro tem outras características que explicam essa queda como:

  • A proibição da venda de bebida alcoólica no dia das eleições municipais (15). Essa categoria puxa também a vendas de outras seções, como do açougue;
  • O calendário, com 31 dias frente a 30, e um sábado menos do que outubro.
  • O fraco desempenho da Black Friday em função das dificuldades do momento.

Regiões – Na avaliação regional (quadro 1), o melhor desempenho no crescimento acumulado ocorreu na Central, que inclui a Grande BH, com 14,07%. Região com maior robustez econômica para suportar os impactos da pandemia.  O menor crescimento ocorreu no Centro-Oeste (3,85%). Setores que sobressaem na região, como varejo de moda e indústria calçadistas, por exemplo, foram os mais afetados com a pandemia, ocasionando assim um índice de desemprego mais alto.

 

1. VARIAÇÃO REGIONAL (%)

Mês

Vs. mês anterior

VS. mesmo mês ano anterior

Acumulado do ano

 
 

Central

-5,52

9,80

14,07

 

Centro-Oeste

-6,43

2,82

3,85

 

Norte/Noroeste

-5,42

4,45

7,12

 

Rio Doce/Muc./Jeq.

-5,96

4,51

9,17

 

Sul

-6,46

4,82

10,35

 

Triâng./Alto Paran.

-5,31

7,44

11,87

 

Zona da Mata

-5,57

10,90

12,20

 

GERAL MG

-5,96

6,31

10,78

 

 

 

2. VARIAÇÃO GERAL ACUMULADA /2020

Mês

Vs. mês anterior

VS. mesmo mês ano anterior

Acumulado do ano

 
 

 Janeiro

-19,11%

4,15%

4,15%

 

Fevereiro

2,05%

9,39%

6,73%

 

Março

11,93%

10,21%

7,96%

 

Abril

-7,11%

7,69%

7,89%

 

Maio

6,42%

14,45%

9,21%

 

Junho

-3,69%

9,97%

9,34%

 

Julho

5,21%

14,81%

10,13%

 

Agosto

2,36%

11,27%

10,28%

 

Setembro

- 1,07%

14,75%

10,79%

 

Outubro

4,78%

15,33%

11,26%

 

Novembro

- 5,96%

6,31%

10,78%

 

 

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