Tratar as individualidades e ainda conseguir um resultado coletivo é tarefa árdua direcionada aos gestores. Equipes são formadas por pessoas com características, habilidades, costumes e valores diferentes, mas, que, no entanto, precisam convergir para o mesmo objetivo – aquele que foi definido na visão da organização.

Acrescente ainda a este cenário já bastante desafiador outras variáveis que o deixam ainda mais complexo: entendimento quanto ao comportamento das gerações, leitura do contexto econômico e a reação do consumidor diante desta nova ótica de mundo. Tudo isso influência e impacta na escalação e manutenção de um time afinado, sempre de olho no lance, pronto para fazer o gol.

A sustentabilidade, quando compreendida e aplicada sob uma ótica mais ampliada, maior do que o discurso isolado do ambientalismo, nos revela uma forma próspera de gerir pessoas.

A gestão de pessoas, sob a perspectiva da sustentabilidade, confere atributos bem interessantes para a organização: a comunicação interna torna-se um foco da estratégia, o relacionamento com colaboradores se coloca como uma prioridade e o funcionário transforma-se em um aliado na construção da marca junto ao seu consumidor. Ainda é possível afirmar que quanto maior sua clareza na estratégia da empresa, mais fácil será a escolha das práticas e de como integrá-las à gestão de pessoas.

Há que se destacar, porém, que reter e engajar pessoas requer, além de ensinamentos acadêmicos, sensibilidade por parte dos gestores. Já dizia o psiquiatra Carl Jung que ao “tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

Relacionamentos, sejam eles de qualquer natureza, requerem constância e cultivo. Somente com este nível de dedicação se constrói um ambiente de trabalho saudável, com ganhos reais para todas as partes interessadas do negócio.

Segundo pesquisa feita pela empresa Deloitte, aquele funcionário que trabalha com paixão costuma demonstrar três tipos de comportamento: tem desejo de causar impacto no mercado que atua, busca desafios para melhorar seu desempenho e luta para construir relacionamentos.

Um relacionamento duradouro e sadio não pode ser restrito a ações pontuais e isoladas. Fazer com que o funcionário vista a camisa, queira ficar no time e que ainda tenham gana por fazer lindos gols requer treinos constantes, todos eles previstos em um plano tático bem amarrado e que se sustente ao longo do tempo.

Quando temos profissionais apaixonados pelo que fazem, o engajamento e performance aumentam, gerando reflexo imediato na qualidade da entrega e na dedicação ao negócio.

Programas que valorizam o funcionário, ações que demonstram preocupação com sua saúde e bem-estar e o de sua família; atividades que favoreçam um clima de positividade; o respeito às regras de saúde e segurança do trabalho são algumas das propostas que farão com que as pessoas trabalhem mais satisfeitas e felizes, melhorem sua performance e sintam-se engajadas e energizadas com as ações corporativas.

Elaborado por:

Iracema Padovani, advogada especialista em direito ambiental, pós-graduada em educação ambiental e gestão estratégica de pessoas, diretora da SejaCor – Consultoria e Educação em Sustentabilidade, consultora estratégica de sustentabilidade e gestão, consultora em legislação ambiental e temas afins há cerca de 10 anos, palestrante e instrutora de cursos.

A SejaCor contribui na incorporação de crenças e práticas sustentáveis aliada a processos criativos com geração de valor ao negócio de empresas, desenvolvendo estratégias de sustentabilidade para inovar na gestão.