A EuroShop 2020, na Alemanha, considera a principal e maior feira de varejo do mundo, começou quente literalmente – c om termômetro a 17 graus centígrados, o que é muito para essa época do ano na cidade alemã de Dusseldorf. As atividades tiveram início neste domingo, 16, e sinalizaram o ritmo acelerado que estará presente nos 17 pavilhões até o encerramento, dia 20. A EuroShop é bastante diferente da NRF, que acontece em Nova Iorque, nos EUA.

Primeiro porque o evento europeu é realizado somente a cada três anos, enquanto a NRF, é anual, sempre no início da segunda quinzena de janeiro. Outra diferença: enquanto a NRF é mais uma feira de conceitos e tendências do varejo, a Euroshop se preocupa também em trazer conceitos e tendências varejistas, mas também proporcionar a solução completa e imediata, e isto não vale somente para a área tecnológica.

Em seus 2.400 estandes há máquinas, equipamentos, hardware, software entre outros que irão transformar o conceito em prática. E também produtos que estarão nas gôndolas. Este ano são esperados cerca de 700 brasileiros na feira, segundo levantamento feito pela direção da EuroShop 2020, que ao todo receberá mais de 70 mil visitantes, de mais de 100 países.

Os destaques do domingo, na área de palestras, ficaram por conta da apresentação das seis tendências que irão modificar o comportamento do consumidor e suas decisões de compra; das aplicações do design de loja para atender as expectativas dos “micros momentos” e as tecnologias in-store analytics, voltadas para engajar o consumidor através da mensuração dos dados e na transformação dos dados em ação.

Fica cada vez mais latente a necessidade de o supermercadista compreender os hábitos e o comportamento do shopper, tanto na loja física (off-line) como na on-line, compreendendo seus movimentos e como ele interage com as categorias e seus respectivos produtos.

A interação off-line on-line nas lojas físicas é de impressionar entre as tendências que já contam com ferramentas prontas para se transformarem em realidade. Um exemplo muito bom disso são os self-scanning e o conceito easy-shop.

A tecnologia consiste em escanear o código de barra dos produtos durante a compra e em seguida descarregar as informações sem precisar enfrentar filas, pois o pagamento é feito via cartão fidelidade. A expectativa é que 50% das redes de supermercados irão implantar a tecnologia nos próximos anos.

A presença de robôs feitos sob medida para o varejo também impressiona. Eles já estão disponíveis para atuar, por exemplo, no atendimento direto ao público, no inventário de estoques e na reposição, seja a direta na área de vendas ou na que precisa ser feita no depósito central da rede ou da loja.