O Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, a produção cresceu em plena pandemia e 2022 promete manter o ritmo, com os supermercados se destacando como canal de venda.
Somente China e Estados Unidos produzem mais cerveja que o Brasil. Somos o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma das cadeias produtivas mais extensas e complexas do país e nem a pandemia diminuiu a sede dos brasileiros pelo produto. Pelo contrário, aumentou. Com uma produção nacional de 14,3 bilhões de litros em 2021, houve crescimento de 7,7 % em 2020, segundo levantamento da Euromonitor para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Em 2020 já havia crescido 5,3% sobre 2019.
Nada menos que dois anos seguidos de crescimento na produção com boa repercussão no varejo, uma vez que o levantamento das vendas varejistas feito pela Euromonitor mostrou alta de aproximadamente 11% em 2021 frente a 2020, totalizando R$ 208,8 bilhões ante R$ 184,5 bilhões no ano anterior. Merece ou não um brinde? Sim. Merece.
E para 2022, como fica?
O mais provável é que esse brinde possa ser levantado novamente em 2022, talvez não tão alto como em 2021, mas ainda um brinde. De acordo com o superintendente do Sindicerv, Luiz Nicolaewsky, as perspectivas são de que o consumo de cerveja continuará a crescer, porém em ritmo menor. “Nossas associadas estão confiantes e continuam investindo no País. A Ambev anunciou um investimento em torno de R$ 780 milhões em uma fábrica de vidros no Paraná e a Heineken de R$ 1,8 bilhão em uma nova fábrica no Estado de Minas Gerais”, ressalta.
Investimento
“As empresas estão olhando para frente com otimismo e incorporando ao seu portfólio inovações e oferta de novas opções para atender amplamente todos os nossos consumidores”, complementa. Os supermercados serão, mais uma vez, aliados importantes para que os copos se encham sempre. Nicolaewsky lembra como a indústria cervejeira se adaptou às demandas dos consumidores para respeitar as medidas de segurança e de isolamento social.
“O ano de 2021 foi um ano sem Carnaval, sem São João e várias outras festas importantes para o segmento. A migração do consumo para casa impulsionou o chamado “off-trade”, que incluiu supermercados e comércio eletrônico, e acreditamos que esse hábito deve continuar entre os consumidores”, assinala o superintendente. A principal sugestão do Sindicerv para os supermercados em 2022 é “que continuem a investir em inovação”.
Não alcoólicas
“Há uma série de alternativas que os canais de distribuição têm promovido e que temos acompanhado. Em sua maioria, estamos falando da busca do equilíbrio entre o entendimento do atual comportamento do consumidor, seus hábitos e preferências quanto às formas de consumo”, argumenta, o que inclui atenção aos lançamentos, que incluem o crescimento de categorias até então um pouco esquecidas, como a de “não alcoólica”.
“Seguimos crescendo de forma significativa nas categorias premium, mas a busca por opções mais saudáveis tem crescido de forma significativa. O consumo responsável de cerveja impulsionou, por exemplo, a vendas da categoria “não alcoólicas”. O crescimento desse segmento tem sido expressivo: saiu de um patamar de 140 milhões de litros vendidos em 2019 para quase 198 milhões em 2020. Depois deu mais um salto, chegando a quase 260 milhões de litros no fechamento do ano passado”, relata Nicolaewsky.
A matéria completa, com dicas para vender mais, está na edição NÚMERO 304, de março, da revista GÔNDOLA.
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