Quem lê o título acima, que transcreve uma das frases ditas pelo governador de Minas, Romeu Zema, nesta entrevista exclusiva concedida a GÔNDOLA, pode pensar que o governador desaprova seu primeiro mandato. Caso estivesse fazendo isso, ele estaria contrariando os 6.094.136 eleitores que, em outubro passado, deram a ele o percentual de 56,18% dos votos válidos e permitiram sua reeleição, em primeiro turno, para um segundo mandato. De acordo com analistas políticos, governantes reeleitos em primeiro turno normalmente refletem a aprovação em relação a seu governo. Na verdade, Zema está sendo humilde ao falar assim, pois quem acompanhou de perto sua primeira gestão sabe que assumiu um governo com o caixa quebrado e, mesmo em meio à pior pandemia dos últimos 100 anos, colocou as contas em dia e promoveu importantes avanços nas políticas públicas. “Posso dizer que a casa já está arrumada (...), tenho a obrigação de fazer um segundo governo ainda bem melhor que o primeiro”, explica melhor o título desta reportagem. Conversamos com o governador via Google Meet dia 11 de novembro por uma hora, mostrando o esforço dele em nos atender ainda na edição da revista dedicada à cobertura da Superminas 2022. Por pouco, não fizemos a entrevista dia 19 de outubro, quando Zema visitou o megaevento, no Expominas, em Belo Horizonte, e ficou a expectativa de agendamento. E você vai ver que valeu a pena a expectativa. Confira a seguir o resumo da entrevista em que o governador faz um balanço de seu primeiro mandato, aponta as prioridades para o segundo, fala de suas expectativas para o País, do relacionamento que pretende ter com o novo Governo Federal e também da necessidade de ampliação do Expominas e de avanços na reforma tributária que permitam mais competividade para micro e pequenas empresas fornecedoras.
GÔNDOLA – Para iniciar nossa entrevista, gostaríamos que o sr. fizesse um balanço de seu primeiro mandato.
Governador Romeu Zema – Tivemos muitas dificuldades. Há quatro anos, a situação de Minas era caótica. Assumimos um estado com os municípios quebrados porque não estavam recebendo o que era de direito deles: o repasse do ICMS, do IPVA, da Saúde. Tivemos aqui em Minas Gerais casos trágicos de prefeitos que renunciaram, que adoeceram e até cometeram suicídio. E essa dívida era de R$ 14 bilhões. Boa parte dela já foi paga. Quase R$ 9 bilhões, rigorosamente em dia, de acordo com o parcelamento tratado. E hoje a situação dos municípios de Minas é muito diferente. A maioria dos prefeitos tem recursos para fazer investimentos nas suas cidades. São uma prova viva e testemunhas daquilo que fizemos para melhorar Minas Gerais. Outro grande desafio foi com relação ao funcionalismo público. Colocamos o salário em dia. Pela segunda vez, vamos pagar o 13º salário na data correta. Estamos pagando as férias-prêmio. Tínhamos funcionários aposentados há 10 ou até 13 anos que não recebiam esse valor, que é equivalente ao FGTS dos trabalhadores da iniciativa privada. Esses pontos foram
fundamentais para dar uma sensação de normalidade ao estado. Como se faz uma gestão se quem trabalha com você não tem dia certo para receber e se os prefeitos que estão na linha de frente não estão sendo respeitados?
GÔNDOLA – Certamente a retomada dos pagamentos foi uma importante conquista, mas o que o senhor pode nos dizer com relação às políticas públicas?
Governador Zema – Saliento que, além de colocar os pagamentos em dia, conseguimos avanços em todos os indicadores de políticas públicas. Hoje, Minas é o estado mais seguro no Brasil. E isto foi feito com escassez de recursos. Durante a pandemia, tivemos a menor taxa de mortalidade dentro das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, também com restrição orçamentária. Na educação, reformamos mais de 1.400 escolas e lançamos o Trilhas de Futuro, que são 130 mil alunos fazendo cursos técnicos em escolas particulares com auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Cursos em todas as áreas. Técnico de radiologia, técnico em automação comercial, em manutenção predial, em irrigação agrícola, e assim por diante, dependendo da vocação econômica da região em que o aluno está matriculado. Tudo isso mostra que Minas avançou. Além da normalidade nos pagamentos, aprimoramos as políticas públicas. Um estado mais seguro, com educação melhor, uma Saúde que teve que enfrentar uma pandemia e que, proporcionalmente ao Brasil, fez bonito.
GÔNDOLA – Os números em relação à atração de investimentos são bons também?
Governador Zema – O nosso maior avanço foi na atração de investimentos. O último governo atraiu, em quatro anos, R$ 26 bilhões. Nós, em 45 meses de nossa gestão, conseguimos R$ 250 bilhões. É provável que até o final deste ano vamos ter feito mais que 10 vezes o que o último governo fez. E conseguimos devido a essa atração de investimentos e de medidas que visam desburocratizar, para quem investe, a criação de 600 mil postos de trabalho com carteira assinada. Minas está no caminho certo. Saímos de um círculo vicioso e estamos já em um virtuoso.
GÔNDOLA – O que se pretende com relação à Educação e demais políticas públicas neste segundo mandato?
Governador Zema – O segundo governo vai ser uma continuação do primeiro. Reformamos 1, 4 mil escolas. Neste segundo, quero reformar mais 2 mil. Isto significa que todas as escolas públicas de Minas terão passado por uma melhoria em sua estrutura física, além da troca de mobiliário, que já fizemos na maior parte também. A Educação vai continuar avançando. O Trilhas de Futuro vai continuar oferecendo mais cursos para mais alunos também. Um dos grandes problemas que enfrentamos em Minas e no País é a falta de mão de obra qualificada. Quem está no setor supermercadista sabe bem. Você tem uma empresa com 50 vagas em aberto, recebe 2 mil currículos e nenhum consegue atender os pré-requisitos. Então, na Educação, vamos continuar avançando. Melhores escolas e mais cursos técnicos focados nas nossas vocações mineiras. E na área da Segurança vamos manter o trabalho iniciado e ampliar o investimento em melhores equipamentos. Neste momento, estamos fazendo a troca da comunicação analógica para a digital. Hoje, dependendo do rádio, qualquer cidadão consegue interceptar as falas entre as forças de Segurança. E isto para os criminosos é um prato cheio. Então, com a digitalização, vamos acabar com isso e com as áreas que não são assistidas, pois há diversos “pontos brancos” no Estado.
GÔNDOLA – Quais os planos para a área da Saúde?
Governador Zema – Na Saúde, vamos concluir os hospitais regionais. São seis, todos no interior do Estado. E já temos os recursos. São provenientes do termo de reparação da tragédia de Brumadinho. Vamos concluir hospitais em Teófilo Otoni, Governador Valadares, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, Divinópolis e Sete Lagoas. Todos serão de grande porte e vão melhorar muito o atendimento no interior do estado. Além desses regionais, vamos levar para todas as regiões do estado atendimento de alta complexidade para evitar que pessoas se desloquem de uma região para outra, como acontece hoje. Alguém que precisa de um tratamento cardíaco e mora em Unaí ou Paracatu tem que ir para o Sul de Minas, ou seja, 700 km. Isto é desumano. Vamos fazer de forma que o deslocamento fique limitado a 200 ou 250 km, no máximo. A mesma coisa faremos com a hemodiálise. Ela demanda a transferência três vezes por semana. Imagine o paciente que já está debilitado ficar três horas numa van para ir, três horas para voltar na 2ª, na 4ª e na 6ª feira. Isto afeta muito a qualidade de vida da pessoa.
GÔNDOLA – E na Infraestrutura?
Governador Zema – Talvez o maior avanço que vamos sentir vai ser na melhoria da infraestrutura. Inclusive, o setor supermercadista me reclama muito da falta de energia elétrica. Hoje temos indústrias e outras atividades que são movidas parcialmente a gerador diesel. E a Cemig está neste momento conduzindo o seu maior programa de investimento em 70 anos de existência como empresa. São mais de R$ 30 bilhões para poder resolver de vez essa falta de energia. É algo antigo, porque a Cemig foi investir no Brasil todo e deixou Minas de lado. Estamos fazendo o caminho inverso. E vamos levar energia trifásica para os mais de meio milhão de micro produtores rurais que hoje só têm a energia monofásica. Nas rodovias estaduais, somente em 2022 é que conseguimos atuar nelas. Então, vamos agora continuar esse trabalho. Nos últimos 10 anos, só receberam operação tapa-buraco. E isso tem limite. Chega o momento que você tem que trocar a roupa velha porque ela não pega mais costura. Uma parte expressiva de nossas rodovias está nesta situação e queremos completar neste segundo mandato 10 mil km de asfalto recuperado. Asfalto novo. Tudo isso vai mudar o cenário de Minas Gerais. Será a continuidade deste governo atual. Posso dizer que a casa já está arrumada, temos uma boa equipe formada, a dívida está de certa maneira negociada. Em resumo: tenho a obrigação de fazer um segundo governo ainda bem melhor que o primeiro.
GÔNDOLA – Quais as expectativas do senhor para a economia em 2023 e 2024?
Governador Zema – Tivemos recentemente uma amostra daquilo que pode estar por vir, infelizmente. Declarações nada adequadas de que o Governo Federal pretende gastar muito. E onde quer que seja, se você gastar mais do que ganha, uma hora vai colher problemas. Pode ser na vida pessoal, na empresa, no município, no estado e até mesmo na União. A União tem a prerrogativa de emitir dinheiro, coisa que estados e municípios não têm. Mas essa emissão de dinheiro, em seis meses, no mais tardar um ano, começa a se transformar em inflação. E quem acaba pagando a conta são as pessoas mais humildes. O Brasil precisa ter uma gestão responsável. Espero que essas declarações recentes não se transformem em realidade. Estamos vendo aí o que aconteceu com a Argentina, que foi por esse caminho e está colhendo uma inflação de quase 100% ao ano. Não dá para ir contra a lei da gravidade. Nem contra as leis econômicas. Emitiu papel-moeda, é questão de tempo para a inflação aparecer. E precisamos de reformas no Brasil. Tivemos ainda no governo Temer a reforma trabalhista. Depois, no início do governo Bolsonaro, a previdenciária. Está faltando fazer a reforma administrativa, para dar mais racionalidade ao tamanho do Estado, e também uma reforma tributária, porque o setor privado hoje não tem segurança. Dependendo da tese, um tribunal muda um entendimento e você, que tem uma empresa, descobre que tem uma dívida milionária que vai ter que pagar, ou
descobre que tem uma restituição que só Deus sabe que dia você vai conseguir. O Brasil precisa muito dessas reformas. Mas infelizmente não estamos vendo por parte desse novo governo muita disposição nesse sentido. Falaram foi até o contrário: desfazer parte das reformas já feitas. Fica aí um certo temor de que o Brasil não avance. E ele precisa avançar. Temos que ser competitivos no contexto internacional, e se não fizermos isso vamos ficar para trás, como ocorreu nos últimos 40 anos.
GÔNDOLA – Voltando a falar de Saúde, o Governo de Minas tem sido elogiado entre os supermercadistas também pelo comportamento adotado durante a pandemia.
Governador Zema – A pandemia foi algo inédito. Quando chegou ao Brasil, em seu início, em 2020, sabia-se pouco a respeito da mesma. Tanto é que o uso de máscara não era recomendado pelos profissionais da Saúde. Somente depois de alguns meses é que se comprovou que a máscara poderia ajudar a evitar o contágio e a disseminação do vírus. Houve muita divergência em quase tudo no princípio, mas desde o início tomei todas as decisões baseadas naquilo que minha equipe da área de Saúde tinha conhecimento e estava a par. Não sou formado na área da Saúde, não sou médico e logo atuei de acordo com aquilo que a Ciência preconizava. Tanto é que Minas foi o estado que teve a menor taxa de mortalidade do Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil. Hoje, olhando para trás, uma das ações que fizemos mostrou-se muito acertada. Foi o Minas Consciente. Tivemos as ondas Verde, Amarela, Vermelha e Roxa. Durante o agravamento, no início de 2021, tivemos que lançar a Onda Roxa porque o sistema de Saúde estava quase entrando em colapso. E conseguimos conduzir a maior operação de vacinação da história do estado, colocando todas as aeronaves do Governo à disposição. Hoje, temos aí um legado da pandemia. Conseguimos ampliar em mais de 590 unidades os leitos de UTI. Elas hoje dão um melhor atendimento aos mineiros, salvam vidas. Aumentamos a área de armazenamento de vacinas, muitos hospitais. Além de mais UTIs, tem mais equipamentos mesmo em leitos comuns de enfermarias e esta estrutura, como disse, vai ser aprimorada com o advento dos seis hospitais regionais que, em dois anos ou dois anos e meio, vão entrar em operação. Mas a pandemia foi muito difícil. Como governador, diria que foram os momentos mais tensos desses quatro anos. Mas quem sofreu muito mais que eu, governador, foram os prefeitos. Eles estavam na linha de frente. Na porta da casa do prefeito, principalmente nas cidades menores, toda hora a campainha toca pedindo para que alguém seja internado, seja removido. Então, sofreram muito e demos todo o apoio possível. E as estatísticas mostram que em Minas conduzimos de modo muito mais adequado que na média Brasil.
GÔNDOLA – O senhor visitou a Superminas 2022, que bateu recordes de público e expositores, e viu a ocupação total do Expominas. Nosso centro de exposições e feiras já não estaria saturado, precisando de ampliação?
Governador Zema – Tomei conhecimento dessas questões lá, durante a minha visita. O próprio presidente da AMIS, Alexandre Poni, comentou que se tivesse mais espaço haveria mais expositores e público. Então já solicitei e vamos averiguar como fazer. Há uma área anexa ali que é usada para exposições direcionadas ao Agro. A ideia é que essa área seja utilizada tanto pelo Agro como por outros setores. Estamos percebendo neste pós-pandemia que esta questão dos eventos vem com tudo. Isto gera turistas, gera emprego, renda. Temos que deixar a nossa capital, Belo Horizonte, bem estruturada no sentido da realização de grandes eventos. Se o Expominas ficou pequeno e pertence ao Estado, vamos correr atrás de uma solução. Fica aí o meu compromisso de estarmos avaliando o que pode ser feito para que aquele espaço ali seja ampliado de maneira que nenhuma feira ou exposição fique prejudicada. Sei que no caso de vocês, que são uma associação mineira, não procurariam outro estado para fazer o evento, mas
os grandes eventos nacionais, quando têm um espaço adequado, podem ser atraídos. Precisamos ter em Belo Horizonte um espaço que atenda bem e vamos estar olhando a questão.
GÔNDOLA – O Governo de Minas tem apoiado o Circuito Mineiro de Oportunidades de Negócios (CMON), criado pela AMIS, e que incentiva a introdução de produtos de micro e pequenas empresas fornecedoras nos supermercados mineiros. A iniciativa vai bem, mas poderia ser ampliada ainda mais se as micro e pequenas empresas pudessem oferecer crédito de ICMS e se tornassem mais competitivas também na área tributária. O que pode ser feito?
Governador Zema – É fundamental que essas micro e pequenas empresas tenham a oportunidade. Muitos supermercados já compram produtos de pequenos produtores e acho que deve fazer parte da política de toda empresa dar esse fortalecimento ao pequeno produtor. É bom para quem compra porque passa a depender menos dos grandes fornecedores, podendo ter aí um fornecimento mais pulverizado. Mas o grande problema que temos hoje no Brasil, não só em Minas Gerais, é exatamente esse. Eu, que já acompanhei compras no passado no setor privado, muitas vezes comprava mais caro de uma empresa maior porque a empresa menor não conseguia mandar o produto com crédito de ICMS. Então, os R$ 90,00 de uma microempresa ficam mais caros que os R$ 100,00 de uma grande que te manda crédito. Essa questão hoje não está na alçada do Governo de Minas ou mesmo da Assembleia Legislativa. Espero que a reforma tributária venha solucionar esse tipo de questão. Pois acaba sendo uma discriminação contra as micro e pequenas empresas. Já que elas pagam tributo, mesmo que menor que as grandes, teriam que gerar algum tipo de crédito, mesmo que não fossem os 18%. Mas que fossem 6% ou 9%, o que seja, para dar mais competitividade a elas. Do jeito de hoje, microempresas ficam limitadas a atender outras microempresas por causa da dificuldade do crédito de ICMS com quem trabalha no sistema de crédito e débito. De fato, seria muito importante encontrarmos uma maneira de dar esse direito a esses negócios.
GÔNDOLA – Que mensagem final o senhor gostaria de deixar para os leitores?
Governador Zema – Quero deixar uma mensagem de otimismo. Temos a obrigação de fazer um segundo governo melhor que o primeiro. Mas ressalvo que estamos dentro de um contexto Brasil. Se viermos a ter inflação alta, vai afetar Minas da mesma maneira que os demais estados. Precisamos de um Governo Federal responsável, que atenda ao social, mas que também tenha um plano de longo prazo. Ninguém quer continuar vivendo recebendo cesta básica. As pessoas querem é ter uma oportunidade de trabalho. Tanto Minas como o Brasil precisam estar focados em dar uma solução definitiva, e não ficarmos vivendo eternamente de assistencialismo. Em Minas, estamos trabalhando. Temos crescido acima da média Brasil. Em 2018, Minas representava 8,8% do PIB Nacional. Em 2021, já representamos 9,3%. E ganhar participação, quem é do setor de supermercados, sabe que não é fácil. Em três anos conseguimos avançar cinco pontos percentuais de participação. Queremos o bem de outros estados também, mas em Minas posso dizer que nosso avanço tem sido mais rápido porque nossa visão aqui é pragmática. Queremos tornar cada vez mais leve essa bota de chumbo que cada empreendedor calça. O Estado sempre vai criar alguma burocracia, mas aqui já conseguimos eliminar muito e vamos continuar. E temos até viabilizado a formação de muitos negócios. Os produtores de queijo artesanal são um exemplo disso. Até chegarmos aqui, a maioria era obrigada a vender a produção de maneira informal, clandestina, levando no porta-malas dos carros. Hoje, já temos uma parte expressiva da produção desse produto tão importante para nós, feito de maneira totalmente formalizada, pagando impostos e atendendo as normas sanitárias. Conversando com esses queijeiros, vejo que estão tendo o problema que todos gostariam de ter: não estão conseguindo atender a demanda. Tudo o que produzem está vendido. Continuo otimista. Espero
que o Governo Federal seja bem-sucedido. Que os erros que fizeram no passado, de 2003 a 2015, não se repitam.
GÔNDOLA – Mas como o senhor pretende conduzir o relacionamento com o Governo Federal? Como manter condições de diálogo? Em relação à Assembleia Legislativa, por exemplo, acredito que o senhor terá mais oportunidades de entendimento do que no primeiro mandato.
Governador Zema – Diálogo. Não tínhamos tocado neste assunto. Nesse nosso segundo governo vamos ter uma bancada muito maior que no primeiro na Assembleia Legislativa. Lembrando que há quatro anos fui um candidato em voo solo. Eu e meu partido. Desta vez, tive 10 partidos na nossa aliança. Isto vai nos dar uma base na Assembleia muito grande e muitos projetos que não avançaram na primeira gestão podem avançar na segunda. Com relação ao Governo Federal, aquilo que for para o bem do Brasil, vamos dar total apoio. Mas apoiar corrupção ou medidas que vão fazer o Brasil retroagir, isso não teremos condição. Mas vamos estar sempre fazendo aqui um alerta respeitoso, uma oposição responsável. Precisamos ter diálogo. Só mandando pedra não se resolve nada.
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