Feijão com arroz é uma combinação bem brasileira e muito saudável. Qualquer mudança nesta parceria não seria uma boa notícia; principalmente a retirada do feijão da dupla pode contribuir para o ganho de peso. Uma análise realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFMG concluiu que pessoas que não consomem feijão têm um risco 10% maior de desenvolver excesso de peso e 20% maior para obesidade. A pesquisa comparou dados de mais de 500 mil adultos, acompanhados entre os anos de 2009 e 2019.
Por outro lado, o consumo regular do alimento, em cinco ou mais dias da semana, aparece como um fator de proteção, reduzindo em 14% o risco de excesso de peso (14%) e em 15% o da obesidade. Segundo a nutricionista Fernanda Serra, pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina e líder do estudo, o feijão é um marcador da qualidade nutricional da dieta e um símbolo da alimentação tradicional brasileira, além de ser elemento essencial para a segurança alimentar.
Outra nutricionista defensora desta dupla é a catarinense Larissa Zanette, que no Dia Mundial do Feijão, celebrado em 10 de fevereiro, disse: "Temos que tomar muito cuidado, pois o que ingerimos será utilizado como combustível para o nosso corpo. O arroz, por exemplo, está no grupo dos carboidratos e atua diretamente como fonte de energia, o que lhe confere grande importância. Já o feijão carrega o ferro, indispensável no reparo celular e transporte de oxigênio", explica.
Ou seja, a junção dos dois grãos, por mais simples que possa parecer, eleva o nível nutricional das refeições, uma vez que cada um carrega minerais e vitaminas que auxiliam no bom funcionamento do organismo. Conforme a nutricionista, o arroz é rico em metionina e cisteína, mas deficiente em lisina, que é encontrada em abundância no feijão.
* A reportagem completa você confere na edição 315 da revista Gôndola.
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