A matéria da revista GÔNDOLA, deste mês, destaca o processo de sucessão dentro das empresas supermercadistas.
Quanto antes começar, quanto antes se envolver com os negócios, você adquire mais conhecimento e tem mais experiência. “Comece cedo, trabalhe logo!”, aconselha o sócio-diretor do Mart Minas e do Dom Atacadista, e também presidente da AMIS Jovem, Matheus Neves.
Com o processo sucessório já concluído, Matheus compartilha com os leitores da revista Gôndola sua experiência e desafios vivenciados durante seu processo de sucessão, que começou quando tinha apenas 15 anos. Ele destaca a importância de conhecer a história da empresa, incluindo seus principais erros e acertos.
Matheus descreve sua preparação como uma imersão completa no negócio, onde buscou conhecer todos os setores, na prática. “Eu fiz de tudo! Eu literalmente descarreguei caminhão. Trabalhei em depósito de loja, e não foram uns dias, não; foram meses, em cada um dos setores. Passei pela rotisseria, padaria, açougue, toda a parte de frios, bem como a mercearia e tesouraria. Enfim, praticamente todas as áreas de uma loja, até chegar à subgerência. Logo depois, comecei um projeto de trainee, onde mais tarde assumi a posição de executivo”, relata.
Para que a jornada de sucessão tenha sucesso, Matheus afirma que o ideal é não ter pressa. É necessário ter constância, disciplina e um interesse genuíno, não apenas no negócio, mas também em transmitir a mensagem de que você realmente quer estar ali. Demonstrar um verdadeiro interesse em aprender, trocar ideias, olhar para fora, fazer perguntas e questionar os processos e suas razões são atitudes que irão credenciá-lo perante a equipe.
Segundo Matheus, a habilidade mais importante é aprender a ouvir, antes de opinar. “É algo essencial, pois você aprende muito e entende o contexto, especialmente ao entrar em um ambiente já estabelecido pela primeira geração, cujos fundadores valorizam ser ouvidos”.
Matheus também buscou nas feiras e palestras aprendizados e experiências e diz que o processo sucessório é uma jornada tanto por parte do sucessor quanto por parte do sucedido. “Esses alinhamentos precisam ser feitos constantemente: as expectativas, os interesses, o que um espera do outro. É muito mais uma conversa contínua e uma construção conjunta da jornada do que um manual a ser seguido. Cada família tem a sua estrutura, cada negócio tem seu propósito”, afirma.
AMIS Jovem
De acordo com Matheus, o espaço que a AMIS Jovem proporciona acaba sendo um ambiente seguro, onde os sucessores têm a oportunidade para trocar ideias, criticar, discutir e perguntar. Nesse espaço, todos estão abertos a compartilhar seus conhecimentos, mostrar como é o modelo da sua família e dos seus negócios, bem como expor os desafios que enfrentam.
Confira a matéria completa na edição deste mês da GÔNDOLA.
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